A Prefeitura de Aracaju, através das Secretarias Municipais da Assistência Social e da Defesa Social e Cidadania (Semdec), em parceria com Guarda Municipal de Aracaju (GMA), realizou neste sábado, 21, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Antônio Valença, localizado bairro Farolândia, a aula inaugural do projeto "Força que Cuida".
O projeto visa introduzir crianças e adolescentes assistidos pelos Abrigos e Casas Lares da capital ao mundo do judô, com foco no fortalecimento do corpo, mente e espírito, potencializando o raciocínio lógico, paciência e autocontrole. As aulas serão ministradas pelo professor José Marcos Pinto Silva, coordenador do Centro de Treinamento da GMA.
O coordenador da Proteção Social Especial (PSE) Edilberto Filho, destaca que a intersetorialidade na promoção de políticas públicas é uma ferramenta fundamental para a transformação de vida de crianças e adolescentes acolhidos.
"Hoje é o início do projeto "Força que Cuida" e o esporte traz essa possibilidade da reflexão, da transformação e, acima de tudo, do cuidado, de aliar saúde, educação, autoestima, compromisso, responsabilidade. O judô é uma ferramenta muito importante. Vale destacar também a importância da participação dos profissionais que vêm apresentar seu tempo, trazendo de forma positiva e efetiva o cuidado, a real constatação de que cuidar não é somente da casa, da comida, cuidar é apresentar oportunidades e a possibilidade de transformação de vida", explicou Edilberto.
O secretário da Semdec, tenente-coronel Lucas Rebello, afirma que a prática de modalidades esportivas auxiliam em diversas questões disciplinares e comportamentais.
"Isso é importante para o desenvolvimento e até para a inclusão social deles a nível de sociedade. A gente agradece à Secretaria da Assistência Social, ao professor e guarda municipal Marcos Pinto, por estar liderando esse projeto. Nós pretendemos estender o projeto para outros bairros para que mais alunos possam conhecer o judô, e possam ser incluídos na sociedade", disse o secretário.
"A gente já tinha inserido nossas crianças e adolescentes em práticas esportivas, na natação e no futsal, mas faltava a luta, que já era um pedido feito por eles. Então, foi quando a gente conheceu o professor Marcos, que abraçou essa ideia e conseguimos dar o pontapé inicial nesse projeto. Espero que a gente dê uma continuidade e muitas crianças sejam beneficiadas com o projeto", detalhou a pedagoga das Casas Lares, Albertina Carvalho.
Assistente social das Casas Lares, Joelma Andrade ressalta que a prática esportiva vai além da saúde, e significa a efetivação do direito ao lazer.
"Pensando na convivência sociocomunitária através de políticas públicas e do trabalho conjunto de secretarias municipais, em ofertar não somente para a população, mas para essas crianças e adolescentes, o direito ao lazer, à convivência familiar, para que isso possa proporcionar um bom desenvolvimento psicossocial. A escolha do sábado para a realização das aulas, foi para que todos pudessem participar, porque durante a semana tem as demandas de estudos, de médicos, e às vezes acabava faltando, e o esporte não pode faltar, porque o esporte também é vida", finalizou Joelma.