A Prefeitura de Aracaju, através dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) do 2° e do 3° distrito da capital - equipamentos gerenciados pela Secretaria Municipal da Assistência Social -, realizou o 3° Baile da Primavera com idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). O evento aconteceu na Associação de Moradores do conjunto Sol Nascente, nesta terça-feira, 24.
Cerca de 100 idosos do SCFV dos Cras Madre Tereza de Calcutá, no bairro Jabotiana; Enedina Bonfim, no bairro América, e Gonçalo Rollemberg Leite, participaram do baile da primavera que teve como temática os anos 60. O evento é muito aguardado pelos idosos e tem o objetivo de tirá-los da ociosidade e melhorar a qualidade de vida.
“O SCFV tenta trabalhar sempre na perspectiva de valorização daquilo que é comum, daquela comunidade. Especificamente esse território tem essa força muito grande de ter o baile da primavera dos anos 60. Então, a grande importância de a gente fomentar essas atividades, fortalecer os vínculos comunitários e familiares, é porque muitas famílias também fazem parte desse processo. A grande questão de a gente alimentar esses bailes é para que eles tenham ainda mais qualidade de vida. A gente se livra de doenças como, por exemplo, depressão, do isolamento social, do abandono e, ao mesmo tempo, oferece proteção social. Quando a gente traz as idosas para esse local é motivo de alegria, é só felicidade para elas”, explicou o coordenador da Proteção Social Básica, Reginaldo Vieira.
A coordenadora do Cras Madre Tereza de Calcutá, Karine Oliveira, conta como os idosos aguardam com muita expectativa pela realização do baile, pois se trata de um momento em que podem se arrumar para ir encontrar com amigos de outras localidades.
“Essa já é a terceira edição que ocorre em articulação com esses três equipamentos e quando avisamos com antecedência sobre a realização do baile, eles já arrumam a roupa, eles já têm o figurino, eles já se animam, é toda uma preparação. Então, a gente faz com todo carinho a decoração, a escolha do repertório das músicas, para a gente poder recebê-los e acolher. Essa integração, essa socialização entre os pares é muito importante, sendo um dos pilares do serviço de convivência. Hoje também é um dia especial, porque tivemos a presença de idosos que estão acolhidos na Casa Lar Nalde Barbosa, então eles puderam vir até aqui e partilhar vivências e experiências com outros idosos”, disse Karine.
Oficineiro que atua desenvolvendo práticas esportivas nos Cras da capital, Fábio Silva Barros conta que a dança faz parte de um conjunto de atividades que promovem a melhoria da saúde dos idosos.
“Eu vejo uma coisa muito importante para a vida delas, principalmente que elas gostam muito de dançar e cantar. Quando eu comecei as aulas, algumas idosas relatavam que sentiam muitas dores para realizar tarefas simples de casa, mas depois que começaram a fazer atividade física, elas melhoraram muito. Algumas idosas disseram que até alguns remédios que usavam foram retirados, porque a atividade física trouxe uma melhora maior. Quando vejo elas aqui dançando, com coordenação, com molejo, para mim é uma felicidade ver que o trabalho que eu faço com elas nos Cras está fluindo”, pontuou Fábio.
“Eu sinto muita alegria e um prazer enorme em participar dessas atividades. Eu morava no interior e não participava dessas coisas, era muito doente, vivia dentro de casa. Desde que comecei a participar das atividades do Cras, me sinto outra pessoa. Me faz tão bem que quero que outras pessoas sintam o que eu estou sentindo, porque se ficar acomodado é pior, todos nós envelhecemos, mas a gente tem que envelhecer com saúde”, contou Palmira dos Santos Agripino, 76, usuária do Cras Enedina Bomfim.