Atendimento domiciliar garante devida assistência a bebê prematura nascida na Lourdes Nogueira

Agência Aracaju de Notícias
22/10/2024 11h39
Início > Notícias > Atendimento domiciliar garante devida assistência a bebê prematura nascida na Lourdes Nogueira

Um dos principais compromissos da Prefeitura de Aracaju é oferecer uma atenção mais humanizada aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Desde 2021, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), tem levado alívio às pessoas que precisam de cuidados em suas residências, realizando procedimentos necessários para oferecer uma melhora em seu quadro. Um dos casos mais recentes foi o da bebê Marina, uma prematura extrema que nasceu com apenas 26 semanas e seis dias na Maternidade Lourdes Nogueira (MMLN).

A fisioterapeuta do SAD, Débora da Cruz Santos, explica que este é um serviço composto por médico, enfermeiro e equipes multidisciplinares, que conta com fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista e assistente social. Os profissionais também ensinam aos familiares dos pacientes a realizarem alguns procedimentos, como curativos e movimentos de fisioterapia, além de orientarem sobre os medicamentos que devem ministrar, ensinando os cuidadores a terem mais independência e segurança no manejo com o paciente.

“A bebê Marina enfrentou uma série de complicações graves desde o seu nascimento, pesando apenas 905 gramas, e passou por um longo período de cuidados intensivos que mobilizou toda a equipe do bloco neonatal da maternidade. Nosso serviço é fundamental para pacientes que têm dificuldade de locomoção, por exemplo, ou como no caso dessa bebê, que precisa de todo o aparato médico dentro de casa. Estamos fazendo fisioterapia com ela, acompanhamento nutricional e orientando a mãe até que sua bebê alcance o desenvolvimento funcional esperado”, explica Débora.

Para a dona de casa, Thais Santos Nascimento, mãe de Marina Vitória do Nascimento, o SAD tem sido fundamental durante esse momento de adaptação em casa. Segundo ela, os profissionais da maternidade fizeram o “possível e o impossível” para salvar sua filha.

“Passei seis meses com minha filha internada na maternidade, recebendo todo suporte médico. Marina precisou passar por várias cirurgias e eu já estava com receio de vir para casa sem esse apoio, mas foi quando fiquei sabendo que receberia esse serviço em casa. Essa ajuda que eles estão me dando tem sido essencial, me sinto segura. Todos os dias eles me ligam, mandam mensagens perguntando como Marina está, tenho abertura para tirar dúvidas. Percebo que isso faz total diferença, porque sei que vamos ter essa continuidade de cuidados”, detalha Thaís.

Além das complicações por sua filha ter nascido prematura, Thaís também mencionou a descoberta de que ela não conseguia deglutir corretamente, o que complicou sua recuperação. “O sentimento de gratidão à equipe da maternidade é imensurável”, disse.

“Foi uma luta diária. Eles não sabiam por que ela não conseguia ficar sem o aparelho, e continuaram investigando até que descobriram o problema de deglutição. A partir daí, os cuidados se intensificaram ainda mais, sempre com muito empenho da equipe. Foram, no total, quatro cirurgias que ela fez lá. Coisas que antes não se faziam, mas a equipe estudou tudo o que era possível ser realizado na maternidade e conseguiu fazer. Não precisou ser transferida. Tudo foi feito na maternidade e isso salvou a vida dela”, declara Thaís emocionada.