Pré-Caju 2024: Serviços da Prefeitura promovem inclusão e proteção social

Família e Assistência Social
09/11/2024 21h49
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Para garantir inclusão  das pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, bem como o monitoramento da garantia dos direitos humanos na maior prévia carnavalesca do país, a Prefeitura de Aracaju levou ao Pré-Caju 2024, por intermédio da Secretaria Municipal da Assistência Social, o Camarote da Acessibilidade e o Serviço Especializado de Abordagem Social. 
 
Adaptado às normas da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Camarote da Acessibilidade está sendo disponibilizado ao público neste sábado, 9, e domingo, 10, durante a programação dos desfiles de blocos. Com uma infraestrutura adaptada, com rampas e assentos especiais, o Camarote proporciona inclusão, conforto e segurança para os foliões aproveitarem a festa.
 
Este ano, a estrutura está localizada próxima aos Arcos da Orla da Atalaia, na avenida Santos Dumont, e conta com capacidade para 80 pessoas, sendo 40 pessoas com deficiência e 40 acompanhantes. Para usufruir do espaço, basta apresentar um documento que comprove a condição de deficiência ao chegar no local.

A secretária da Assistência Social, Rosária Rabêlo, destaca a importância de promover acesso às pessoas com deficiência e /ou mobilidade reduzida em eventos desse porte. "Entendendo que todas as pessoas têm direito à diversão, à alegria e ao lazer, estamos, mais uma vez, com o Camarote da Acessibilidade no Pré-Caju. A gente espera que sejam dois dias de evento com muita alegria e onde reine a paz. Isso está englobado em um processo de proteção social onde a Assistência traz os serviços que presta ao longo do ano para a cidade de Aracaju”, ressalta.

Para Elaine Santos, presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPcD), a instalação do Camarote representa um ponto-chave para tornar a diversão desse público possível. “A alegria é instantânea e chegando aqui a gente já entra diretamente no clima da festa. É empolgante saber que a gente tem uma cidade que se preocupa que as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida tenham acesso a esse tipo de festa com uma condição digna e acessível para aproveitar com segurança e alegria. Me sinto muito feliz de poder fazer parte dessa história. Posso dizer que é difícil a gente encontrar qualquer estrutura como essa em outro canto do Brasil”, destaca a presidente.

Em complemento, Maria Madalena Laurentino, mãe de Fernando Gomes, uma criança autista de 12 anos, descreve que poder curtir com o filho com tranquilidade não tem preço. “Nós estamos achando incrível. Meu filho e todos os outros que são especiais podem aproveitar sem estar no meio da multidão, podendo ter esse acesso à festa. Realmente, está sendo maravilhoso. Viemos no ano passado, mas eu não sabia do camarote, fiquei no meio da multidão com ele, foi desconfortável, mas aqui está sendo perfeito. Está maravilhoso, eu aproveito e ele também, e é isso que me deixa feliz: poder curtir sem estar no tumulto”, pontua Maria Madalena.

Diretamente de Arembepe (BA), Luciene Santos, que possui deficiência física no braço, e seu marido, Agamenon Filho, aproveitaram a festa e destacaram a importância da inclusão. “Eu, como deficiente, tenho que dizer a vocês que é muito gratificante a reserva desse espaço para que a gente possa ter um reconhecimento e ter acesso à vastidão do evento. Sou baiana e tenho uma convicção de que nós não temos um reconhecimento tão real quanto temos aqui. É por isso que o meu desejo é vir morar em Aracaju. Gostaria de agradecer por este espaço e por ser tão bem recebida sempre”, explica Luciene.

“Enquanto esposo e participante de toda essa jornada, dou os parabéns para a Prefeitura, por toda essa estrutura e cuidado. Vamos avante, que isso de fato seja reconhecido a nível de Brasil, porque a gente que viaja muito percebe que aqui a nota não é dez não, a nota é 1000. Outros lugares precisam tomar essa aula com vocês”, destaca Agamenon.

Abordagem Social
 
Já o Serviço Especializado em Abordagem Social volta-se para o monitoramento e a identificação de possíveis violações dos direitos humanos e sociais. Assistentes sociais, psicólogos(as) e educadores sociais abordam pessoas que encontram-se em situação de vulnerabilidade social ou pessoal, encaminhando, quando necessário, para as devidas redes de proteção. Além das buscas ativas realizadas, a equipe também distribui adesivos, panfletos e abanadores de conscientização pela festa.

Abordada pela equipe, a vendedora ambulante de bebidas, Mariana da Silva Santos, estava com sua filha menor de idade e destacou a importância do serviço para reforçar informações por vezes desconhecidas. “Eu gostei porque eles tanto me informaram de coisas que eu já sabia, quanto me explicaram sobre outras coisas, inclusive sobre um assunto que eu estava muito em dúvida e que eu não sabia que eu poderia procurar na Justiça. Isso é bom porque já ajuda a gente que é mãe, que não pode deixar a criança com outras pessoas, orientando do que é certo a se fazer”.

Com o objetivo de fortalecer o combate ao trabalho infantil, prática que, de acordo com o coordenador da Proteção Social Especial (PSE), Edilberto Filho, vem diminuindo desde 2022, contudo ainda se mostra presente, a Abordagem Social, em parceria com a Associação de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Aepeti), realizou, em frente ao Camarote da Acessibilidade, uma intervenção musical, que, de forma lúdica, abordou a conscientização acerca dos direitos das crianças e adolescentes, junto à distribuição de abanadores informativos.

“Todo dia é dia de proteção social e hoje a gente está na avenida lembrando as pessoas a respeito da importância da proteção da criança e do adolescente também nos momentos de festa. Estamos com a equipe lembrando que criança não trabalha e trazendo um momento diferente para dentro da folia, reforçando para as pessoas que qualquer atividade remunerada exercida pela criança ou adolescente antes da idade permitida, se configura crime e deve ser denunciada através dos canais de denúncia, em especial, através do Disque 100”, reforça a técnica de referência do Aepeti em Aracaju, Marirôze Villanova.