A Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Assistência Social, realizou nesta quinta-feira, 28, o último encontro com a Comissão Intersetorial do Programa Bolsa Família (PBF) do município, que conta também com a participação de profissionais das Secretarias Municipais da Saúde (SMS) e da Educação (Semed) e da Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat). A reunião, realizada no auditório da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), visou discutir metas, planos e ações de melhoria para a qualificação do programa, além de reforçar estratégias para conscientizar a população sobre o cumprimento das condicionalidades.
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda com condicionalidades na Assistência Social, na Saúde e na Educação, as quais consistem em compromissos que as famílias beneficiadas precisam cumprir para continuar a receber o benefício financeiro. Atualmente, Aracaju tem cerca de 60 mil famílias beneficiadas pelo programa. Participaram da reunião profissionais que atuam nos 2°, 3° e 5° distritos da capital, os quais englobam 23 bairros da cidade.
“Esse é o terceiro e último encontro intersetorial com os profissionais das secretarias envolvidas com as condicionalidades do Bolsa Família, e já tínhamos realizado durante o ano com profissionais do 1° e 4° distrito. O objetivo maior é as equipes estarem juntas para debater, sugerir novas metas para o programa Bolsa Família. A gente sabe que as dúvidas e questionamentos que acontecem no território, as famílias assistidas pelas equipes, sejam de saúde, da educação ou da assistência social, são as mesmas, então é importante que a gente tenha essa aproximação para que as famílias sejam atendidas de forma integral”, explicou a diretora de Gestão Social da Habitação e Políticas de Transferência de Renda da Secretaria Municipal da Assistência Social, Yolanda de Oliveira.
A diretora ressaltou ainda a importância do cumprimento das condicionalidades do PBF pelas famílias, tendo em vista que se trata de algo que vai além da política de transferência de renda.
“É importante que as famílias assistidas saibam que, além de elas acessarem o direito à transferência de renda, o cumprimento das condicionalidades é também um caminho para acessar direitos determinados pela constituição. A qual determina que todo cidadão deve ter acesso à saúde, educação, consequentemente, o direito à vacinação, ao acompanhamento do pré-natal, a estar numa escola de qualidade dentro do nosso país”, completou Yolanda.
Para a coordenadora do PBF na Semed, Ellyneide Silva Oliveira, esses encontros oportunizam que as políticas públicas, que trabalham diretamente com o público do Bolsa Família, sejam aprimoradas.
“São momentos ricos, onde escutamos depoimentos e colocamos em pauta soluções para questionamentos e novas práticas. Infelizmente alguns participantes não puderem estar aqui presente, mas tivemos um público maior por serem três territórios e a gente também está muito satisfeito com o resultado, o saldo é muito positivo. Todas as equipes acabam saindo com bastante orientação, com metas que precisam ser alcançadas, porque a gente precisa sempre ter o discernimento que a gente não sabe de tudo e compartilhar conhecimento é fundamental”, afirmou Ellyneide.
A coordenadora do serviço social da Rede de Atenção Primária da SMS, Ieda Araújo, destaca que as reuniões visam o cuidado com a qualidade de vida da população assistida na capital sergipana.
“A capital está com um índice baixo de vacinação, devido à falta de insumos do Governo Federal para o fornecimento de algumas vacinas, mas estamos reforçando e ampliando o trabalho de acordo com as vacinas que nos chegam com postos itinerantes nos bairros e em locais de grande fluxo de pessoas na capital. Eu acho importante pontuar a questão das vacinas nas condicionalidades, que as famílias precisam entender que não é só o valor financeiro do ofertado pelo benefício, mas as vacinas vão fortalecer a saúde de crianças e adolescentes que são o futuro das famílias”, concluiu Ieda.