A equipe da Secretaria Municipal do Respeito às Políticas para as Mulheres (SerMulher) participou, na sexta-feira, 26, de uma imersão sobre Grupos Reflexivos, promovida pela Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). O encontro apresentou em detalhes o trabalho desenvolvido com homens que respondem a processos de violência doméstica, uma iniciativa que busca estimular mudanças de comportamento e fortalecer políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher.
A secretária da SerMulher, Elaine Oliveira, ressaltou o compromisso da gestão da prefeita Emília Corrêa em transformar ações em resultados concretos. “Escutar os homens também é fundamental para promover mudanças de comportamento. Só assim conseguiremos reduzir de forma efetiva os índices de violência doméstica em nossa cidade”, enfatizou.
A formação foi conduzida pela psicóloga Sabrina Duarte, pela assistente social Lia Maranhão e pela juíza Juliana Nogueira, coordenadora da Mulher do TJSE. “Queremos diminuir as estatísticas do feminicídio. Com a mudança de postura dos autores de violência, podemos alcançar uma sociedade mais justa e igualitária, com relações mais saudáveis entre homens e mulheres”, destacou a magistrada.
A técnica da SerMulher, Flávia Keller, reforçou a importância da escuta nesse processo. “Precisamos compreender que o homem também é fruto de uma cultura. Trabalhar o seu interior, oferecer acolhimento e fazê-lo sentir-se visto como sujeito é parte essencial da mudança”, pontuou.
A iniciativa prevê a implantação dos Grupos Reflexivos como política pública do município de Aracaju, por meio da parceria entre SerMulher e TJSE. “É um trabalho pioneiro e essencial para a diminuição da violência contra a mulher”, afirmou a assistente social Lia Maranhão.
Para a psicóloga Sabrina Duarte, a medida representa a realização de um antigo projeto do Tribunal. “Com a parceria da SerMulher, o TJ terá para onde encaminhar esses homens. O objetivo é evitar a reincidência e transformá-los em agentes de boas práticas nas relações com as mulheres”, concluiu.