Equipe da SerMulher participa de encontro sobre Grupos Reflexivos promovido pelo TJSE

Sermulher
29/09/2025 11h48
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A equipe da Secretaria Municipal do Respeito às Políticas para as Mulheres (SerMulher) participou, na sexta-feira, 26, de uma imersão sobre Grupos Reflexivos, promovida pela Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE). O encontro apresentou em detalhes o trabalho desenvolvido com homens que respondem a processos de violência doméstica, uma iniciativa que busca estimular mudanças de comportamento e fortalecer políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher.

A secretária da SerMulher, Elaine Oliveira, ressaltou o compromisso da gestão da prefeita Emília Corrêa em transformar ações em resultados concretos. “Escutar os homens também é fundamental para promover mudanças de comportamento. Só assim conseguiremos reduzir de forma efetiva os índices de violência doméstica em nossa cidade”, enfatizou.

A formação foi conduzida pela psicóloga Sabrina Duarte, pela assistente social Lia Maranhão e pela juíza Juliana Nogueira, coordenadora da Mulher do TJSE. “Queremos diminuir as estatísticas do feminicídio. Com a mudança de postura dos autores de violência, podemos alcançar uma sociedade mais justa e igualitária, com relações mais saudáveis entre homens e mulheres”, destacou a magistrada.

A técnica da SerMulher, Flávia Keller, reforçou a importância da escuta nesse processo. “Precisamos compreender que o homem também é fruto de uma cultura. Trabalhar o seu interior, oferecer acolhimento e fazê-lo sentir-se visto como sujeito é parte essencial da mudança”, pontuou.

A iniciativa prevê a implantação dos Grupos Reflexivos como política pública do município de Aracaju, por meio da parceria entre SerMulher e TJSE. “É um trabalho pioneiro e essencial para a diminuição da violência contra a mulher”, afirmou a assistente social Lia Maranhão.

Para a psicóloga Sabrina Duarte, a medida representa a realização de um antigo projeto do Tribunal. “Com a parceria da SerMulher, o TJ terá para onde encaminhar esses homens. O objetivo é evitar a reincidência e transformá-los em agentes de boas práticas nas relações com as mulheres”, concluiu.