Semasc promove gincana com crianças e adolescentes atendidos pelo Peti

Assistência Social e Cidadania
06/08/2007 10h20

Criatividade, ousadia e muita animação. Foi assim durante todo o dia da última sexta-feira, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Terezinha Meira, localizado no bairro Veneza, onde crianças e adolescentes atendidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), vivenciaram um dia cheio de atividades lúdicas e educativas. A proposta da gincana, segundo a educadora social, Fátima de Ponzzes, foi pra trabalhar a história de alguns personagens do livro ´Minha Vida Tem História II´, de autoria do jornalista Amaral Cavalcante, no qual relata a história de idosos inseridos em programas sociais executados pela Semasc. “A gente trabalhou todo o livro com eles e pedimos que eles escolhessem uma história que se identificassem para trabalhar toda a gincana em cima disso, e o resultado foi bastante satisfatório”, comenta. Os personagens escolhidos pela garotada foram Leopoldo Andrade, 87, e Luizete de Souza Lima, 75. Ambos foram prestigiar o trabalho da garotada e ficaram encantados e emocionados ao se depararem com suas histórias sendo relatadas com tanta veracidade em cada tarefa feita pelas crianças e adolescentes. A equipe ´Anjo Azul´ que ficou em segundo lugar, fez à senhora Luizete de Souza Lima derramar lágrimas de emoção. “Eu não me segurei, foi muita emoção vê essas crianças contando a minha vida, principalmente, quando eu trabalhava na plantação de arroz com o meu pai naquele tempo”, afirmou emocionada. A equipe vencedora, ´Good Genes´, também fez bonito nas suas apresentações ao contar toda história de vida de Leopoldo Andrade, principalmente, o trabalho infantil que foi bastante presente na infância dele. A criatividade da garotada para encenar detalhadamente toda a história, através das paródias, encenação artística, história em quadrinhos, deixou Seu Leopoldo também muito emocionado. “Estou feliz e emocionado por duas coisas: a primeira por vê minha história sendo contada da forma certinha e, a segunda, em vê a facilidade dessas crianças para aprenderem e a oportunidade que elas estão tendo que eu não tive, isso me deixa muito feliz”, revelou. Entre a garotada, o clima foi de felicidade já que ambas as equipes também foram elogiadas pelos jurados e educadores. “Eu gostei de tudo, a gente trabalhou muito para fazer bonito e a gente conseguiu”, diz a adolescente Thaislayne Pinto, 13, que faz questão de comentar sobre as mudanças da sua vida após sua inserção no Peti e sobre o passado marcado por exploração do trabalho infantil e sem perspectivas de um futuro melhor. “Eu antes tinha que trabalhar com o meu pai que é carroceiro, mas agora que estou no Peti, eu parei de trabalhar e venho para cá só estudar e aprender coisas boas”, diz a adolescente. Cariolane Viana Gonzaga, 12, é outra adolescente que pôde mudar sua história de vida após entrar no Peti. “Eu trabalhava catando latinha para ajudar minha família, mas agora eu não preciso mais porque estou no Peti, e aqui é muito melhor”, revela Cariolane, afirmando que as histórias dos idosos servem de aprendizado para um futuro melhor. “Hoje mesmo aqui, eu pude aprender muita coisa com as histórias de vida desses idosos, eu aprendi que tenho que estudar mais para conseguir subir na vida e aqui estou tendo essa oportunidade”, disse.