Na manhã desta quarta-feira, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, esteve reunido com a desembargadora Clara Leite de Rezende para falar sobre a homenagem que a Prefeitura Municipal está preparando para o memorável político e intelectual sergipano Francisco Leite Neto, cujo centenário será comemorado no próximo dia 14 de março. A desembargadora, que é irmã do homenageado, aprovou a iniciativa do prefeito Edvaldo Nogueira e disse estar muito feliz com o reconhecimento do trabalho e da trajetória de Leite Neto. O historiador e membro da Academia Sergipana de Letras (ASL) Luiz Antônio Barreto também participou do encontro, que aconteceu no prédio do Tribunal de Justiça, Centro de Aracaju. Ciente da importância de Leite Neto para o desenvolvimento do Estado, ele afirmou compartilhar com o prefeito Edvaldo Nogueira a satisfação de homenagear publicamente a figura do ex-senador e deputado, que também fez parte da ASL. Apesar de ter morrido precocemente, com apenas 57 anos, Leite Neto deu uma grande contribuição ao Estado. Como político, ele projetou Sergipe nacionalmente. É um homem que merece ser reverenciado e conhecido pelas novas gerações, disse Edvaldo Nogueira. Na próxima semana, vamos anunciar como o centenário desta extraordinária personalidade será lembrado, acrescentou o prefeito, destacando que a homenagem a Leite Neto faz parte do calendário de eventos em comemoração ao aniversário de Aracaju, que completa 152 anos no dia 17 de março. Leite Neto Nascido no município sergipano de Riachuelo em 14 de março de 1907, Francisco Leite Neto formou-se em Direito na Bahia e, já bacharel, regressou para Sergipe, onde seguiu a carreira de advogado. Foi eleito para a Assembléia Constituinte Estadual e ajudou a redigir a Constituição do Estado de Sergipe, promulgada em 16 de julho de 1935. Em 1945 foi eleito deputado estadual, sendo reeleito em 1950, 1954 e 1958. Em 1962 foi eleito senador da República. Além da política, Leite Neto também se dedicou à docência. Foi professor de Economia e Finanças na antiga Escola de Comércio; publicou inúmeros livros sobre os mais diversos assuntos, entre eles literatura, situação dos menores abandonados, condições do sistema penitenciário e banditismo. Leite Neto morreu em 10 de dezembro de 1964, tendo ajudado a construir a história de Sergipe e a promover o crescimento do Estado.