Novos serviços integram reurbanização da Coroa do Meio

Infraestrutura
03/12/2007 16h49

A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), continua investindo na revitalização do bairro Coroa do Meio. Uma série de obras iniciadas este ano estão em processo de conclusão.

De acordo com o diretor de Operações da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Antônio Vasconcelos, as obras de infra-estrutura, que incluem a pavimentação e a drenagem do local, estão 100% concluídas. "Falta fazer a parte da urbanização, ou seja, a construção de quadras e de um módulo de apoio à saúde, por exemplo, que já começaram", relatou.

Os moradores da Coroa do Meio terão à disposição, nos próximos meses, um centro integrado de quadras poliesportivas. Serão ao todo três espaços esportivos: um campo de grama de 47 por 27 metros e duas quadras, sendo uma quadra de areia e outra em concreto, ambas com dimensões de 18 por 30 metros e alambrado de cinco metros de extensão.

Também está sendo construído, ao lado das quadras, um posto médico para atender aos praticantes de esportes no local e um quiosque, que servirá como lanchonete. Segundo o fiscal da Emurb responsável pela obra, Manoel Messias, as três quadras esportivas, que começaram a ser feitas há 45 dias, devem ficar prontas no fim de janeiro.

Outras construções elevarão a qualidade de vida da Coroa do Meio. Entre elas, um Centro Produtivo (que servirá para capacitar profissionalmente a população), o Museu do Mangue e o Núcleo de Apoio aos Pescadores. Destas três obras, o aterramento para o Museu do Mangue já foi completamente realizado e a construção deve começar na segunda quinzena de dezembro.

Balanço das construções

"O projeto integrado de reurbanização da Coroa do Meio é um dos mais importantes projetos implementados nos últimos anos. Foram construídas 652 casas e realizada a infra-estrutura completa das vias que compreendem os limites das avenidas Santos Dumont, Rotary e Perimetral, além da rua Professor Aloisio Campos. Essas localidades foram totalmente drenadas e pavimentadas", declarou o presidente da Emurb, Valmor Barbosa.

Segundo ele, cerca de 90% do planejamento de reurbanização do bairro estão concluídos. Entre as ações, foram construídas as 652 casas que integram o projeto ´Moradia Cidadã´, idealizado pela Prefeitura de Aracaju, por meio do Programa Habitar Brasil/BID. A obra concretizou o sonho da casa própria para famílias que viviam ilegalmente em palafitas, proporcionando pavimentação, saneamento básico e melhoria ao acesso de transportes.

"O que está sendo feito agora é a parte de lazer", afirmou Valmor, destacando que, para a atual gestão, não basta dar a moradia sem que os cidadãos tenham condições dignas de sobrevivência.

Prêmios

O projeto integrado de reurbanização da Coroa do Meio recebeu, em dezembro de 2005, o prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil 2005] (ODM Brasil 2005), concedido pelo Governo Federal juntamente com a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Movimento Nacional Pela Cidadania e Solidariedade. Além deste prêmio, o projeto foi escolhido como uma das ´Good Practices´ (Boas Práticas), numa avaliação realizada pelo United Humam Settlements Programme (UN-HABITAT) - Programa de Habitações Humanas das Nações Unidas.

Ao retirar as famílias da insalubridade dos manguezais poluídos, a Prefeitura de Aracaju garante mais saúde, conforto e segurança, bases fundamentais para que as ações integradas do projeto possam funcionar. Além da urbanização, a Prefeitura realiza um trabalho de geração de trabalho e renda, por meio de milhares de cursos de qualificação profissional já ofertados à população da Coroa do Meio, por meio da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat).

De maneira específica, o programa de reurbanização da Coroa do Meio engloba as contenções de invasões da área de preservação ambiental; a recuperação de Manguezais; a regularização da situação de precariedade das habitações; o planejamento e implementação dos processos de regularização fundiária para os 652 novos imóveis e outros 2.400 já existentes; o resgate da cidadania com a implantação do trabalho de participação comunitária; a instalação de equipamentos comunitários; e o resgate cultural com ênfase local através da construção do Museu do Mangue, que envolvem um investimento total de cerca de R$ 22 milhões. Desse valor, cerca de 40% fazem parte do investimento feito pelo programa Habitar Brasil/BID.