Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência realiza confraternização

Assistência Social e Cidadania
05/12/2007 14h34

Na manhã de hoje, quarta-feira, aconteceu a confraternização natalina de todos que compõem o Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência: funcionários, conselheiros, instituições associadas e convidados. A comemoração aconteceu na Casa dos Conselhos de Direito, localizada na praça Olímpio Campos, no Centro de Aracaju. O Conselho recebe o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc) e juntos oferecem apoio a iniciativas que beneficiem os deficientes.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Gorette Medeiros, diz que a confraternização é uma forma de comemorar as conquistas de 2007. "Nos reunimos para festejar o espírito natalino e fazer um balanço do período que está se encerrando, mas não esquecendo do que poderemos alcançar no próximo ano", observou.

Ela aproveita e fala sobre o ano que está terminando. "Trabalhando juntamente com a sociedade civil e os Ministérios Públicos Estadual e Federal crescemos bastante. O balanço de 2007 foi positivo: avançamos em algumas questões e hoje temos mais a compreensão das empresas privadas, abrindo espaço no mercado de trabalho para os deficientes", declara.

Novidades em 2008 também estão sendo agendadas. "Estamos elaborando um projeto que será encaminhado à Câmara Municipal de Vereadores. Nele, vamos propor que as pessoas portadoras de hanseníase e com problemas renais sejam consideradas portadoras de deficiência. Além de lutarmos para que o curso de libras faça parte da grade curricular das escolas municipais, estaduais e particulares", anuncia a presidente do Conselho.

A campanha de maior destaque em 2007 do Conselho Municipal foi a acessibilidade nas lojas comerciais e as vagas nos estacionamentos. "Hoje, já contamos com uma maior conscientização dos lojistas e da sociedade civil, no quesito acesso livre. É uma grande vitória observar que demos um passo importante nesse ponto. Atualmente no centro da cidade muitas lojas possuem rampa", informa Gorette.

Cerca de 30 instituições, sendo metade governamental e a outra parte não-governamental, compõem o Conselho. Em Sergipe, são mais de 70 mil deficientes, sejam eles visual, auditivo, cadeirante, entre outros. Acompanhando e fazendo parte do Conselho, a representante da Universidade Federal de Sergipe, a professora do curso de Serviço Social Marlene dos Santos Alves, diz que os deficientes são cidadãos e precisam ocupar o lugar deles.

"Houve historicamente um avanço, mas ainda existe muito preconceito e discriminação. Este é o grande desafio da sociedade civil. O Conselho Municipal tem o importante papel de acompanhar, fiscalizar, orientar e apresentar sugestões para que as pessoas com deficiência sejam cada vez mais incluídas, porque a verdadeira inclusão acontece quando as oportunidades são iguais para todos", esclarece Marlene.

Sobre a importância do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, a coordenadora do Núcleo de Oficinas para Pessoas com Deficiência Mental Adulta, do Centro de Integração Raio de Sol, Edilene Dias da Silva, afirma que o órgão é muito atuante, sendo bastante engajado na luta. "O Conselho é nosso apoio. Através deles temos a compreensão de outras instituições importantes que se engajaram na nossa luta", afirma..

Participando também do Conselho, o auxiliar administrativo da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Sergipe (Apada), Ricardo Gomes da Silva, ressalta que o trabalho do Conselho serve de estreitamento entre as instituições e a sociedade. "O conselho propicia a facilidade que o deficiente precisa para se integrar à sociedade", finaliza.