A Orquestra Sanfônica de Aracaju, mantida pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), participou na noite de ontem, segunda-feira, da abertura da Rua da Cultura (RDC) 2008. O grupo, que participou do aniversário de cinco anos da RDC, em setembro do ano passado, fez sua primeira apresentação deste ano, retomando a agenda de shows.
Durante a apresentação, os músicos arrancaram aplausos do público presente ao tocarem o repertório que inclui canções que representam o tradicional forró nordestino, como Feira de Mangaio, Tico-Tico no Fubá e Asa Branca, além da mistura de ritmos como a homenagem à Bossa Nova, com ´Wave´, de Tom Jobim; o tango argentino ´La Compacita´; e a marchinha de Carnaval ´Vassourinha´.
O idealizador da RDC e diretor artístico da Cia. de Teatro Sultífera Navis, Lindenberg Monteiro, ressaltou a importância da participação da Sanfônica. "O grande projeto cultural de 2007, em Aracaju, foi a criação da Sanfônica. Para a Rua da Cultura ,que acompanha esses projetos renovadores da cultura popular, é muito importante contar com essa participação, porque retoma a discussão sobre o fortalecimento da identidade cultural", comentou.
Para Lindemberg, a apresentação da Orquestra Sanfônica de Aracaju provoca o debate sobre cultura popular. "Cada sanfoneiro que compõe a Sanfônica tem uma identidade riquíssima em relação ao forró, à regionalidade, à nordestinidade e à cultura popular e, quando se juntam, todos os músicos potencializam isso de maneira fascinante. Não é apenas um show, mas um debate e uma provocação ao público discutir o que é o forro e quais são os verdadeiros artistas do forro sergipano", acrescentou.
Rua da Cultura 2008
O projeto Rua da Cultura, realizado pela Cia. de Teatro Stultífera Navis, é uma iniciativa que há cinco anos reúne às segundas-feiras um público diversificado, mas com algo em comum: a paixão pela música, folclore, teatro, fotografia, artesanato, literatura, dança, poesia, dentre outras manifestações de artistas sergipanos e de outros Estados. O evento, que já faz parte do calendário artístico de Aracaju, tem apoio da Prefeitura de Aracaju, por meio da Funcaju.
Sempre uma boa pedida para começar bem a semana, a RDC tem como marca principal o fato de democratizar o acesso de todos a esse encontro informal de arte e cultura, tornando o centro histórico da capital sergipana uma opção de lazer e promovendo ainda o aquecimento econômico do local.
Em 2008, a Rua da Cultura começa suas atividades mais cedo, a partir das 18h, para atrair os funcionários do centro comercial que freqüentam em seu cotidiano essa área do mercado municipal e do centro histórico. A meta da RDC é ampliar o acesso e contato dessas pessoas com a produção cultural da cidade. Durante esse ano, além das apresentações artísticas de bandas locais e grupos folclóricos, continuam as exibições do cinema na Rua da Cultura e também os jogos na Passarela do Xadrez.
"É importante manter esse espaço para o cinema, porque Aracaju está revelando uma nova safra e produção de audiovisual, com novos talentos surgindo. A cidade precisa conhecer o que ela está produzindo. Além disso, queremos potencializar cada vez mais o espaço da Passarela das Flores com oficinas e exposições", finalizou Lindemberg.
