Nas próximas semanas, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Secretaria Extraordinária de Participação Popular (SEPP), dará continuidade às ações para implantação da Feira Modelo no bairro Santa Maria, voltada à inclusão da comunidade local através da geração de trabalho e renda. O passo seguinte é a votação do estatuto que vai reger o funcionamento da feira, que deve acontecer na plenária marcada para o dia 18 deste mês.
"A partir daí, os passos serão ainda mais concretos, porque vamos ter a constituição legal da feira, com a eleição da direção, a liberação de financiamentos e o requerimento de toda a documentação junto à Receita Federal e à Junta Comercial. A implantação da feira está prevista para março, no mês de aniversário da cidade. Queremos dar esse presente à Aracaju", antecipa o secretário municipal de Participação Popular, Rômulo Rodrigues.
Segundo ele, a PMA está vencendo as etapas necessárias à concretização do projeto com certa rapidez, já que a Feira Modelo deve entrar em funcionamento um ano depois do início das discussões, enquanto o natural seria que um projeto dessa natureza levasse cerca de dois anos para ser implantado.
As fases já concluídas foram o cadastramento e a capacitação dos feirantes, a realização de plenárias para a definição de aspectos como a localização da feira, o padrão das bancas, do banco e da agência que serão os padrinhos da iniciativa e darão apoio aos comerciantes. Ao todo, 347 feirantes se inscreveram e participaram das reuniões e dos cursos preparatórios oferecidos pela PMA. Os módulos de treinamento incluíram temáticas como higiene e manipulação de alimentos, formação de preço e técnicas de venda e negociação.
"Acreditamos que os feirantes foram suficientemente treinados. Mas isso só será possível avaliar quando a feira estiver em funcionamento. Vamos estar atentos a qualquer dificuldade e necessidade de mudança para providenciarmos as melhorias que forem necessárias", destaca Rômulo.
Diferenciais
Além da preparação dos comerciantes, outro diferencial da feira é a padronização das bancas e a separação por setores. Isto é, o espaço físico será delimitado e em cada área vão ser instaladas bancas com cores específicas para cada tipo de produto comercializado - artesanato, frutas e verduras, etc.
A limpeza do local, o uso de luvas e fardamento por parte dos feirantes e a possibilidade de pagamento com cartão de créditos são outras novidades do projeto. Todos esses fatores devem contribuir para atrair consumidores.
Participação
Para Rômulo Rodrigues, o aspecto mais importante da feira é o fato de o projeto ter nascido de uma demanda da própria comunidade e estar sendo discutido detalhadamente com a população. "A Prefeitura só está coordenando o processo, mas as idéias partem deles. Foram os feirantes que escolheram, por exemplo, o local e até a metodologia de implantação da feira. Depois que ela entrar em funcionamento, a Prefeitura vai ter pouco trabalho e ônus, porque serão os comerciantes, através da cooperativa, que vão gerir a feira de forma praticamente auto-sustentável", afirma o secretário, chamando atenção para o caráter participativo da iniciativa.
