Ações desenvolvidas dentro da Rede de Proteção Social Especial são discutidas

Família e Assistência Social
18/01/2008 17h41
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A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) é responsável pela execução de projetos e programas sociais desenvolvidos nas unidades sociais, tendo como perspectiva a política pública de proteção social que impõe um exame da realidade do município de Aracaju. Uma reunião foi realizada na manhã de hoje, sexta-feira, no Centro Administrativo Aloísio Campos, para tratar de assuntos referentes aos serviços de proteção especial de alta complexidade. Participaram desse encontro O Abrigo Caçula Barreto, Programa Acolher Provisão Acolhida - Da Rua à Cidadania, Família Acolhedora, Gerências de Serviços de Média e Alta Complexidade.

A secretária Rosária Rabelo abriu a reunião, focando o papel da política pública de assistência social vista hoje e os avanços, como também a sua contribuição para as famílias, membros e indivíduos que fazem parte desse contexto social. "Sabemos que ao longo da história, a assistência social era vista como um trabalho de filantropia, assistencialismo mesmo, onde as pessoas eram tratadas como coitadas. No entanto, a política tomou outro rumo, os serviços oferecidos através dela, são de cunho estatal, como os serviços de proteção especial de média e alta complexidade que são desenvolvidos nos Centros de Referências Especializados da Assistência Social(Creas). Acreditamos que podemos avançar nesse processo, com o grupo de trabalho que temos e os que estão chegando para se incorporar aos demais e dar uma maior visibilidade aos serviços e ao atendimento a todos que buscam os nossos trabalhos", afirmou.

Ainda de acordo com a gestora, a maior preocupação no momento atual, em relação aos abrigos, é com os usuários de outros municípios que estão alocados nessas unidades, quando a responsabilidade é do município de origem daquelas pessoas abrigadas. "Para darmos continuidade a esses serviços de proteção social especial que já vêm sendo implantados desde 2004, é preciso ver a política de assistência social como pública e não assistencial, cuja inclusão é feita para todos que dela necessitam", ressaltou.

"O Programa Família Acolhedora vem sendo projetado para atender crianças e adolescentes vítimas da violência doméstica em nossa cidade. Está dentro dos serviços de proteção especial de média e alta complexidade e vem também atender um projeto de reordenamento dos abrigos do município de Aracaju. Entretanto, o objetivo do projeto é que essas crianças tenham acesson à convivência familiar e comunitária. No primeiro momento da execução do programa, existem duas modalidades: o apadrinhamento das famílias afetivas e a família provisória, cuja situação desse menino e menina se encontra em tramite com a justiça", destacou.

" A finalidade dessas reuniões com todos que fazem parte dessa rede interligada, tanto na proteção especial quanto no sistema de garantia, é poder alinhar as ações com a política nacional de assistência social. Como também, esse é o momento de implantação dos serviços de proteção especial de média e alta complexidade, cujo objetivo é criarmos mais programas, para pessoas vítimas da violência doméstica, crianças, adolescentes e idosos em trajetória de rua. Portanto, a secretaria tem investido na capacitação dos profissionais que trabalham diretamente com esses grupos mais vulneráveis, para que possam acolher melhor essas famílias", afirmou a coordenadora de Planejamento de gestão social, Cristiane Ferreira.

A coordenadora da Casa Abrigo Núbia Marques, Magna de Souza Mendonça, se mostrou preocupada com a violência contra mulher. " A violência doméstica, aquela que se caracteriza dentro de casa, pela falta de afeto e respeito, vem crescendo cada vez mais em nossa sociedade, pelo machismo, onde o homem acha que a mulher é um objeto de desejo apenas. No entanto, o nosso trabalho no abrigo é de proteção, conscientização. Orientamos a mulher a se proteger de todo tipo de violência, desde a física, psicológica, até o abuso sexual. Entretanto, precisamos fortalecer essa rede para dar um melhor suporte e proteção a essa mulher e mostrar que ela é um ser capaz e além do mais, tem que ser respeitada como pessoa de direito", frisou.