Na manhã dessa sexta-feira, dia 7, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), realiza uma reunião para discutir os próximos passos da campanha ‘Não dê esmola: Dê cidadania'. A ocasião marca uma nova etapa da campanha, visto que a idéia agora é ir além do provisório, buscando formas de criar um programa permanente de auxílio aos menores.
O encontro acontece na sede da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e contará com a presença de representantes de instituições como o Juizado da Infância e da Adolescência, a Guarda Municipal de Aracaju (GMA) e demais conselhos da criança e adolescência dos municípios que integram a Grande Aracaju.
"A reunião será para afinar o discurso da campanha e ainda discutir a instalação de um tipo de ‘SOS Criança', a partir da reflexão que vem acontecendo", ressalta o presidente do CMDCA, José Humberto. Segundo ele, a situação de rua é cada vez mais constante e a criação de um órgão como esse seria de grande ajuda. "Se alguém visse uma criança sofrendo violência, saberia logo para quem ligar", coloca.
De acordo com Humberto, a prática da esmola continua sendo um dos entraves aos ideais do Conselho. "A partir do momento que alguém faz essa ‘caridade' para o menor que está na rua, promove a permanência dele ali. É uma compreensão errônea de caridade, pois não altera as condições de vida da pessoa, apenas mata a fome provisoriamente", diz.
Ao invés disso, Humberto afirma que, ao lidar com crianças e adolescentes em trajetória de rua, as pessoas de boa vontade devem encontrar formas de construir condições efetivas de sobrevivência. "Têm que prevalecer a reciprocidade e os valores humanos", destaca.
