Prefeitura promove seminário em prol de mulheres portadoras do HIV

Saúde
06/03/2008 15h34
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"É um tema extremamente importante que precisamos discutir com seriedade", afirmou o secretário municipal de Saúde, Marcos Ramos, ao dar início na manhã de hoje, quinta-feira, ao seminário ´Violência de Gênero e Aids - Interfaces da Vulnerabilidade Feminina'. O evento aconteceu no auditório do Sest/Senat e está inserido nas atividades desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no próximo sábado, dia 8.

Organizado pelo Programa Saúde da Mulher, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Seminário teve como objetivo principal lançar o Plano Municipal de Enfrentamento à Feminização da Aids e outras DST´s. "Nossa presença aqui hoje tem um papel não só educativo como também multiplicador já que sairemos em condições de propagar o que foi discutido", destacou Marcos Ramos.

De acordo com a coordenadora do programa ‘Saúde da Mulher', Cristiani Ludmila, o Plano está sendo lançado conforme uma diretriz do Ministério da Saúde. "Ano passado uma oficina definiu o plano estadual e agora chegou a vez de trazermos essa realidade para o município", afirma a enfermeira, lembrando que quanto mais órgãos tomarem conhecimento e voltarem esforços para a causa, maior a probabilidade de sucesso. "Vamos precisar de parceiros e o Seminário é para isso", conclui.

O coordenador do programa DST/Aids, José Eudes Vieira, frisou que o Plano lançado não se restringe a lidar com casos de cidadãos soropositivos. "A idéia é combater não só a Aids como também várias outras frentes de epidemia que atingem mulheres em situação de vulnerabilidade", coloca. Ao tratar especificamente da Aids, Eudes revela que entre as mulheres o número de contaminações vem crescendo se comparado aos homens, daí a necessidade desse tipo de iniciativa. "A proporção há um tempo atrás era de uma mulher para cada 15 homens, hoje é de apenas uma para um e meio", diz.

Quem também lembrou desses dados ao elogiar o evento, foi a coordenadora da Rede de Mulheres Cidadãs Positivas, Maria Georgina Machado. "A quantidade de mulheres com HIV atualmente é surpreendente e muitas delas são abandonadas pela família quando descobrem. Esse Seminário é importante para que vejamos formas de melhorarmos a auto-estima delas. Pois assim elas serão capazes de sobreviver normalmente", ressalta.

O Seminário contou com a presença de aproximadamente 150 mulheres de diversas comunidades, representantes de instituições governamentais e ONGs que realizam trabalho em prol da mulher. Uma delas era a coordenadora do Instituto Josué de Castro, Núbia Santana. A ONG a qual representa trabalha atualmente no sentido de melhorar a qualidade de vida de mais de 1.300 pessoas em todo o Estado.

"A saúde ‘puxa' tudo e eventos como esse têm que acontecer sempre. Todas essas pessoas aqui vão aprender muito e conseqüentemente levar para as pessoas e instituições que representam um conhecimento significativo", exalta Núbia.