Agentes de endemias atuam com dedicação no trabalho contra a dengue

Saúde
24/04/2008 09h35
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Todos os dias a comunidade aracajuana luta para a eliminação de focos de proliferação do Aedes aegypti, mosquito trasmissor da dengue. Participam da batalha a população e os profissionais da saúde pública da Prefeitura de Aracaju, entre eles os agentes. Ricardo Melo Cruz, por exemplo, há 10 anos atua como agente de endemias e cotidianamente visita casas dos bairros da capital conscientizando a comunidade sobre as ações de combate à dengue.

"Saúde pública! Bom dia!". Essas são as quatro palavras mencionadas por Ricardo ao chegar à porta de uma residência. Devidamente fardado e identificado, o agente se apresenta e informa o motivo de sua visita. Com o consentimento da moradora, coloca a bandeira indicativa de sua presença no lar e inicia seu trabalho de inspeção do local. Durante a ação nada passa despercebido, desde sacolas plásticas a tampas de garrafas são verificadas.

"Oriento ao morador a vedar os depósitos de água, pois o mosquito da dengue é um inimigo que pode também viver em nossa casa", salienta Ricardo. Segundo ele, os ovos do mosquito podem durar mais de um ano. "É importante saber sobre a metamorfose do mosquito que inicialmente está na fase de ovo e que segue para o estado de larva. Na quarta fase ele se transforma em pupa e, por fim, alcança a fase adulta, que é o estágio mais perigoso", informa o agente de endemias.

Ricardo conta que as pessoas já o recebem muito bem, como felizmente também já acontece com seus colegas. De acordo com ele, a população está procurando os agentes de saúde, graças às campanhas de conscientização veiculadas por toda a cidade. "Nós temos que fazer o trabalho com amor e dedicação, integrado com as pessoas, para vencer o risco que esse inseto traz na transmissão da dengue", declara.

"Eu recebo muito bem o agente de saúde, prendo meus oito cães e permito o seu acesso", relata Selma Simões, moradora do bairro Luzia. Ela reconhece a importância da visita e escuta atentamente as orientações passadas pelo profissional. "Objetos que acumulam água devem ser retirados dos locais abertos e colocados no lixeiro que possa ser coberto. Já os outros depósitos, como a lavanderia e os baldes, devem ser lavados e escovados por todos os cantos", explica Ricardo.

Cerca de 850 agentes trabalham da mesma maneira que Ricardo e todos almejam o mesmo objetivo: combater a dengue. Ele vai além de suas atividades de agente de endemias, atuando de forma cidadã. "Já fiz palestras em colégios e busco sempre informações sobre o Aedes aegypti e a doença", destaca.