O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, abonou as faltas salariais dos guardas que aderiram à greve. A decisão, que é também uma homenagem ao Dia do Trabalhador, comemorado no próximo dia 1º de maio, foi anunciada há pouco pelo prefeito, que se reuniu em seu gabinete com os secretários municipais Bosco Rolemberg (Governo), Carlos Cauê (Comunicação Social), Fabiana Pinho (interina da Administração e Chefia de Gabinete), Jeferson Passos (Finanças), além do superintendente Antônio Samarone (Transporte e Trânsito).
"Apesar de considerar a greve precipitada, e também levando em conta que a Prefeitura de Aracaju nunca forneceu um aumento como esse aos servidores municipais, não vou cortar o ponto dos guardas, pois será um grande prejuízo aos pais de família. É uma categoria nova e que ainda necessita de uma vivência maior dentro do movimento sindical", informou o prefeito, ressaltando que o pagamento dos dias não trabalhados será feito por meio de uma folha suplementar.
A paralisação foi decretada no último dia 3 de abril, logo após a PMA anunciar um pacote histórico de medidas que beneficiou o conjunto dos servidores. Entre as principais conquistas estão: o reajuste médio de 23,5% para a administração geral, que ganhou uma nova tabela de progressão, e de 6% linear ao restante dos servidores (valor acima da inflação acumulada de 3,97%) e a extensão da gratificação por titulação para cargos de nível médio.
Além disso, houve a incorporação dos cerca de 800 agentes comunitários de saúde e de combate a endemias e a retomada do convênio com o Ipesaúde. Algumas medidas atenderam diretamente à categoria, como a regulamentação do Sistema de Avaliação de Desempenho, possibilitando a progressão funcional dos servidores efetivos integrantes da Guarda, e a Gratificação de Titulação, que garantirá a ampliação dos salários em até 50%, mediante a realização de cursos de aperfeiçoamento profissional e da conclusão de cursos de nível superior e pós-graduação.
"Depois dessas conquistas, construídas num amplo processo de negociação com todas as entidades representativas dos servidores, a categoria isoladamente deflagrou greve, reivindicando questões como reajuste de 49% e periculosidade. Mesmo com um movimento usando o argumento da força e da resistência, a comissão de negociação da Prefeitura se reuniu por duas vezes com os grevistas e analisou cada ponto da pauta", comentou o secretário de Governo.
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