Projetos da PMA agregam desenvolvimento sustentável com trabalho e renda

Sempi
02/05/2008 15h42
Início > Noticias > 34942

A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por intermédio da Secretaria Extraordinária de Participação Popular (SEPP), vem garantindo trabalho e renda a uma grande parcela da população aracajuana através de ousados projetos. As iniciativas envolvem as idéias de desenvolvimento sustentável e organização popular em cooperativas que prometem vencer desafios e melhorar a realidade dos beneficiados pelos projetos.

Lançado há um ano, o projeto da Feira Modelo do bairro Santa Maria conquistou a confiança de 142 moradores do local. Eles participaram de diversos cursos de capacitação, alguns deles oferecidos por uma das maiores parceiras da SEPP nos projetos que a Secretaria desenvolve: a Fundação Municipal de Trabalho e Renda (Fundat). Os futuros feirantes receberam cursos gratuitos de atendimento ao cliente, higiene e manipulação de alimentos, formação de preço, comercialização e empreendedorismo, tendo alguns dos cursos também sido ministrados por outro grande parceiro da Secretaria, o Sebrae.

Agora, a parceria com o Banco do Brasil (BB), por intermédio da sua gerência de Desenvolvimento Regional Sustável (DRS), assim como o atual estágio de legalidade com a Junta Comercial, garantirão as primeiras aquisições da cooperativa da Feira Modelo. O financiamento proporcionará, por exemplo, a aquisição das barracas a serem utilizadas pelos feirantes, orçadas por uma empresa metalúrgica em R$ 900 cada. As barracas, que diferenciam os setores da feira por cores, são um dos diferenciais do projeto da Feira Modelo do bairro Santa Maria.

Para garantir que os feirantes possam comprar a baixo custo os produtos a serem comercializados na nova feira, a cooperativa repassará os artigos sem custos adicionais, ou seja, pelo mesmo preço pelo qual adquiriu. De acordo com o secretário da SEPP, Rômulo Rodrigues, a interligação do projeto da feira com outras iniciativas da Secretaria pode garantir maior qualidade e baixo custo aos produtos da Feira Modelo. Exemplo disso é uma cooperativa de reaproveitamento de cocos verdes, que promete gerar renda aos 139 cadastrados do povoado de Areia Branca, no Mosqueiro.

Segundo dados colhidos pela SEPP, o coco verde vazio é um dos maiores poluidores de grandes cidades litorâneas, sendo capaz de demorar de 10 a 12 anos para se decompor no meio ambiente. No entanto, ainda segundo os dados, o coco possui diversas potencialidades que deixam de ser aproveitadas quando é despejado no meio ambiente. Uma delas é o adubo, que promete contribuir com os produtos comercializados na Feira Modelo.

Interligação

Além de continuar transformando realidades nas localidades onde são implantados, os projetos organizados pela SEPP se complementam. Sempre em formato de cooperativas, os trabalhadores se organizam, baixam custos, adquirem conhecimento e contribuem para a preservação do meio ambiente, por meio do melhor aproveitamento dos recursos.

Estofados de automóveis, artesanato, e um poderoso adubo de plantações são algumas das formas de reaproveitamento que prometem agora melhorar a renda dos inscritos na futura cooperativa de Areia Branca. Da casca do coco verde - que é formado por 75% de água - é extraído um adubo líquido e, além disso, um pó conseguido com a trituração do coco promete, por exemplo, ajudar a produzir 20 kg de tomate por m². Os maiores beneficiados pela extração dos adubos serão 23 produtores de alimentos da cidade de Salgado que, de acordo com o sucesso do projeto, se transformarão em fornecedores de alimentos da Feira Modelo do Bairro Santa Maria.

De acordo com Rômulo Rodrigues, os projetos funcionam todos ao mesmo tempo com o intuito de se complementarem. "Quem lucra é a sociedade e o trabalhador. A PMA recolhe 30 toneladas de coco verde por mês, o que gera custos. Agora, com uma destinação responsável para todo o material, se pode gerar trabalho e renda para a população, além de melhorarmos os produtos da Feira Modelo.", destaca.