Dentre as várias atividades do projeto Laborarte, realizado pela Secretaria Municipal da Educação (Semed) da Prefeitura de Aracaju, está a oficina de dança. Duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras, cerca de 15 alunas matriculadas no curso desenvolvem seus talentos artísticos através de aulas que promovem melhorias físicas e psicológicas, sempre respeitando os limites dessas estudantes. O local de realização da oficina é o Sesc-Atalaia, espaço cedido, através de uma parceria com a PMA, para a realização dos cursos do Laborart.
A base das aulas são os conceitos de ballet clássico, as danças contemporâneas e regionais, além do samba. As coreografias são pensadas e discutidas com as alunas, levando em consideração os desejos e os conceitos necessários para a sua realização. Desde que as aulas começaram várias coreografias foram montadas e apresentadas, a exemplo do frevo, do fofão (dança típica do maranhão) e outras da Bahia.
As apresentações acontecem de forma periódica nas escolas onde as meninas estudam, no Centro Municipal de Aperfeiçoamento de Recursos Humanos Fernando Lins de Carvalho (Cemarh) e no Sesc. Para esse ano já estão sendo preparadas duas apresentações, que acontecem tradicionalmente após cada semestre de atividades. Essas apresentações são coletivas, ou seja, acontecem com outros grupos que fazem parte do projeto, e têm como objetivo principal não só divulgar o projeto, mas atrair mais alunos das escolas instaladas próximas ao Sesc/Atalaia.
A professora de dança Renata Carvalho, que há mais de um ano é a responsável pela oficina de dança falou que o processo é de superação e que está trazendo inúmeros benefícios a quem está praticando. "No começo sentia muita resistência das alunas para a execução dos movimentos do ballet, pois não entendiam a importância. Agora se dedicam mais, estão mais conscientes. Também uma evolução no que diz respeito à dança, a melhoria na disciplina e a seriedade com que encaram as aulas. Essa é uma oportunidade única de proporcionar a elas novos conhecimentos culturais", declarou.
Nesse semestre duas escolas municipais de ensino fundamental fazem parte do Laborarte, a Anísio Teixeira, situada no Bairro Atalaia e a Juscelino Kubtischek, instalada no Coroa do Meio. Além de melhorar a auto-estima, as aulas de dança também têm dentre suas metas descobrir novos talentos, procura que já começou a render frutos.
Exemplos dessas descobertas são as alunas Wellen Raísa Souza, 16, e Cantídia da Silva, 12, que após terem ingressado na oficina conseguiram ter aflorara a vontade de seguir na dança de forma profissional. Segundo as alunas, é essa vontade que impulsiona os treinos e o sonho de melhorar sempre para seguir nesse caminho.
Para Lidiane Souza Lima, 14, a dança é encarada como forma de superação. "Antes de começar a praticar dança não conseguia executar quase nenhum movimento que exigisse flexibilidade. Hoje, por conta de muita dedicação, já consigo executar passos que antes nem imaginava ser capaz", falou.