Hoje, 15 de maio, é o Dia Nacional do Assistente Social e para marcar a passagem da data, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), realizou na noite de ontem uma grande confraternização com os 63 profissionais que atuam no município. O evento contou com as presenças do prefeito Edvaldo Nogueira e da secretária da pasta, Rosária Rabelo.
"É muito importante homenagear essa categoria, que historicamente tem se notabilizado por fazer aquilo que sempre sonhamos para o Brasil, que é a inclusão social. Hoje a assistência social diminui as disparidades e promove o desenvolvimento em Aracaju. Esses trabalhadores são essenciais para que continuemos a diminuir as desigualdades sociais, tanto aqui como em todo o país", destacou Edvaldo Nogueira ao parabenizar os presentes.
O encontro foi encarado como uma mostra da valorização dos trabalhadores da área por parte da Prefeitura. "Somos vistos hoje em Aracaju como profissionais criativos e aptos a enfrentar os grandes problemas da sociedade, como a vulnerabilidade, a pobreza e a desigualdade", disse o gerente de Atendimento de Média Complexidade da Semasc, Ricardo Lima.
Já a assistente social Silvana Santos, da Coordenação de Proteção Social Especial da Secretaria, lembrou que os assistentes sociais trabalham para a consolidação de uma sociedade mais justa, igualitária e sem excluídos. "Aracaju e o Brasil caminham juntos num alinhamento da atuação do serviço social, por isso nossa cidade é hoje destaque no país devido à sua política social", resumiu.
"Não poderíamos deixar passar em branco o dia 15 de maio, que é a data em que se comemora uma das profissões mais antigas da nação, chegando em 2008 aos 71 anos de atuação no país. Além disso, o profissional de Serviço Social tem dado uma grande contribuição na garantia dos direitos humanos no Brasil", reforçou a secretária Rosária Rabelo, que também é assistente social.
Atuação
O assistente social é o profissional que tem em mente o bem-estar coletivo e a integração do indivíduo na sociedade. Ele atua de forma ampla, orientando, planejando e promovendo uma vida mais saudável, em todos os sentidos. Ao atender a um indivíduo, ele trabalha com um grupo social, pois entende que esta pessoa está inserida em um contexto no qual não se pode dissociar o individual do coletivo.
Esse profissional faz a diferença, pois promove a assistência e não o assistencialismo. Em uma comunidade, por exemplo, ele pode atuar incentivando a tomada de consciência dos integrantes. Isto significa ajudá-los a perceber sua capacidade de expansão e crescimento, para que aprendam a satisfazer suas necessidades e utilizar melhor seus próprios recursos.
No setor público, que emprega a maioria desses profissionais, eles desenvolvem campanhas de saúde, educação e recreação, como ocorre na Prefeitura de Aracaju, onde também são desenvolvidos trabalhos de reintegração social. A idéia é fazer com que pessoas marginalizadas sintam-se parte da sociedade, eliminando ou reduzindo o sentimento de exclusão.
Data
A data simbólica para o Serviço Social surgiu em 15 de maio de 1891, quando o Papa Leão XIII publicou a Encíclica 'Rerum Novarum', trazendo pela primeira vez fundamentos e diretrizes da Doutrina Social da Igreja Católica, ou seja, um posicionamento oficial sobre os problemas sociais que dominavam as sociedades européias. Para os assistentes sociais, esse foi durante muito tempo o enfoque de suas práticas sociais.
Atônitos diante da complexidade dos problemas existentes e fragilizados por sua formação ainda bastante precária, aqueles profissionais assumiam o documento e os ensinamentos ali contidos como base fundamental de seu trabalho. E, desse modo, se aproximavam cada vez mais da Igreja Católica européia que, por sua vez, assumia progressivamente a sua liderança sobre o enfoque das práticas sociais daqueles profissionais.
No Brasil, o Serviço Social foi criado em 1936, a partir das iniciativas da Igreja Católica no país, inspirada na Doutrina Social então enriquecida por uma nova Encíclica Social, a 'Quadragésimo Ano', redigida pelo Papa Pio XI e publicada em 15 de maio de 1931 em comemoração aos quarenta anos da Rerum Novarum. Desse modo, a profissão cresceu aqui sob a liderança da Igreja e, até o início dos anos 60, recebeu a sua influência direta e decisiva.