Sergipe encerra I Festival do Nordeste em grande estilo

Funcaju
23/05/2008 15h19
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Durante a Festa Sergipana e o encerramento do I Festival do Nordeste, Trio Juriti, Amorosa, Rogério, Fogo na Saia, Bacamarteiros de Carmópolis, Orquestra Sanfônica de Aracaju, Parafusos de Lagarto, Quadrilha Unidos de Asa Branca, Banda de Pífano e César Leite encantaram todos os presentes em clima de muita alegria e mistura de ritmos. O evento aconteceu no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 18 de maio.

A presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Funcaju), Lucimara Passos, no decorrer da apresentação da Orquestra Sanfônica foi parabenizada pelo locutor diante do sucesso da programação de Sergipe. Formada por 25 sanfoneiros, quatro percussionistas e um baixista, a atração, que está com a agenda cheia de apresentações e cada vez mais é destaque nacional, agradou o grande público ao som de tango, MPB, samba, além do autêntico forró pé-de-serra.

A Quadrilha Unidos de Asa Branca, que tem como presidente o jornalista Marcos Borges, dançou ao som da Orquestra Sanfônica de Aracaju, levando o público a uma grande roda de alegria, simpatia e muita disposição. "Esse festival foi fantástico e uma oportunidade única para nós artistas. A quadrilha junina é o melhor cartão postal que um Estado pode ter", ressalva Marcos Borges.

César Leite fascinou os brasilienses e turistas com a sua boneca Genoveva, que atraiu muitos curiosos ao stand de Sergipe. Todos que por lá passavam faziam questão de tirar uma foto para guardar de recordação. O artista e sua boneca ainda encenaram o espetáculo Boi de Barro e Fragmentos.

A Banda de Pífano, formada por Betinho Caixa D´água, Michel de Paula, Aragão Santos, Edmar Santos e Márcio Tito, com dois anos e meio de formação, também foi a sensação do stand. Por onde passavam com as suas batidas, espalhavam carisma e alegria contagiante chamando o público para uma grande brincadeira no mais autêntico estilo sergipano.

A cantora Amorosa, que completou 23 anos de carreira recentemente, foi a última atração da noite com seu vestido assinado pelo jornalista e poeta Araripe Coutinho. Voz marcante e personalidade forte, a cantora agradou a platéia com simpatia e originalidade.

Cultura popular

O Batalhão Bacamarteiros de Carmópolis, grupo folclórico que surgiu por volta de 1780 nos engenhos de cana-de-açúcar do Vale do Cotinguiba e símbolo da cultura popular, conta com 60 componentes. O folguedo é um misto de encantamento pelo som único e vestimentas, aliado ao espanto dos curiosos pelo som peculiar dos tiros de bacamarte.

Os Bacamarteiros de Carmópolis realizam a cada ano o ritual do Pisa Pólvora no mês de junho, em comemoração aos santos São João e São Pedro. E, ainda, fabricam os seus instrumentos musicais e seus bacamartes de forma artesanal. Um grupo que tem levado a cultura e as tradições folclóricas do município por todo o Brasil.

Os Parafusos de Lagarto, que encantaram o público com os seus rodopios, consistem num grupo de dança folclórica que só existe no município de Lagarto (SE). Surgiram quando os escravos da região estavam organizando fugas para formar mocambos ou quilombos. No Parafuso existem duas categorias de participantes: os tocadores e os dançarinos vestidos com anáguas brancas superpostas cobrindo todo o corpo, rostos pintados de branco e chapéus forrados com tecido branco.

Também marcaram presença completando o cenário da Festa Sergipana o Trio Juriti, com o seu autêntico forró pé-de-serra e apresentações em vários Estados, o cantor Rogério com o seu carisma - que no dia 17 cantou junto com Robertinho dos Oito Baixos -, e a banda de forró Fogo na Saia, com três anos de existência e considerada uma das melhores do Nordeste.