Prefeitura de Aracaju dá continuidade às ações de combate à dengue

Saúde
26/05/2008 15h04

Semana após semana, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Vigilância Epidemiológica Municipal, registra queda no número de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Segundo a coordenadora do Programa de Controle da Dengue da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Taíse Cavalcante, mesmo com a diminuição, as ações irão continuar, atendendo a solicitação do prefeito Edvaldo Nogueira.

"Não é porque o número de casos diminuiu que o problema acabou. As mobilizações sociais, as salas de hidratação, as palestras nas escolas, a força-tarefa, os mutirões de limpeza, os agentes nas ruas orientando a população, tudo isso continua. Também esperamos que a comunidade crie uma conscientização individual e coletiva em todos os aspectos relacionados à saúde e ao meio ambiente, para que possam continuar eliminando possíveis focos do mosquito da dengue em suas casas", diz Taíse.

A queda do número de casos foi constatada após a Vigilância Epidemiológica levantar dados de semanas subseqüentes, comparando os números registrados. "Em abril, entre uma semana e outra, houve queda e estamos percebendo que está diminuindo mais. Analisando de abril para maio, foi identificada uma queda de 60% nos casos notificados com suspeita de dengue", calcula.

De acordo com Taíse, os números mostram a dengue vai voltar ao seu limite normal. "Se o vírus estiver circulando e a gente continuar com as larvas em casa, haverá dengue até o final do ano, mas não será como em abril, que foi um período epidêmico", relata.

O período de pico do Aedes Aegypti é de janeiro a maio, por conta da combinação de chuva e sol. A partir do momento em que começa o inverno, com chuva e frio, a larva não se desenvolve como na época quente. No verão ela se transforma no mosquito em sete dias, no frio leva de 15 a 20 dias.

"Com a chuva, a preocupação não é só a dengue, mas também com leptospirose, doença provocada pela urina e saliva do rato e que tem inicialmente os mesmos sintomas de dengue. Os profissionais têm que estar alertas, porque temos gripe, resfriado, infecção respiratória aguda, leptospirose e todas essas doenças têm os mesmos sintomas iniciais da dengue", alerta a coordenadora.

Abertura das Unidades de Saúde

As unidades de saúde municipais que estão abrindo nos finais de semana e feriados - a USF Dona Jovem, no bairro Industrial, e a Geraldo Magela, no conjunto Orlando Dantas, que atende também o bairro Santa Maria - foram escolhidas por estarem em locais onde o índice de infestação continua alto. "A demanda não era esperada porque já sabíamos que os casos estavam caindo. No primeiro final de semana de abertura, nos dias 17 e 18 deste mês, apenas 25% dos pacientes atendidos estavam com suspeita de dengue. A maioria tinha algum tipo de infecção respiratória, por conta da mudança do tempo", informa Taíse.