Foi aberto na manhã de hoje, quarta-feira, o Encontro Regional de Gestores Municipais de Assistência Social do Nordeste. O encontro, realizado pelo Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), Governo de Sergipe e Governo Federal. Antes da composição da mesa, os participantes conheceram um pouco das tradições sergipanas, através da apresentação da Orquestra Sanfônica de Aracaju.
O evento contou com a presença do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, da presidente do colegiado estadual de Sergipe e secretária municipal da Assistência Social, Rosária Rabelo, além da promotora de Justiça do Ministério Público Estadual (MPE), Ana Paula Machado e da articuladora do Congemas no Nordeste, Ieda Castro.
A programação segue até amanhã, quinta-feira, com o objetivo de avaliar a implantação do Pacto de Aprimoramento da Gestão SUAS (Sistema Único de Assistência Social) nos Estados da região Nordeste e definir estratégias de mobilização e organização dos municípios.
De acordo com o prefeito Edvaldo Nogueira, é uma honra para Aracaju sediar um encontro com um público tão representativo do nordeste brasileiro. De Pernambuco são 17 pessoas; do Maranhão, 10; da Paraíba, 16; do Piauí, 21; do Ceará, 18; do Rio Grande do Norte, 12; da Bahia, 50; de Alagoas, 55 e Sergipe, com o maior número de participantes, tem 72 pessoas.
"Esse é um encontro importante da assistência social brasileira que busca encontrar caminhos para que possamos enfrentar as dificuldades e construir um Brasil mais justo, mais irmão, mais fraterno", avalia.
Para ele, o momento é oportuno. "Obviamente a realização do evento está acontecendo em um momento importante da vida do nosso país. Acredito que nos últimos anos a nossa história mudou significativamente em busca de uma melhor distribuição de renda. O desenvolvimento que o país atravessou nos últimos anos salta aos olhos e notadamente o Nordeste, local que durante muitos anos foi colocado à margem, efetivamente hoje amplia seus horizontes", ressalta.
Na avaliação de Edvaldo, antes a assistência social era vista como assistencialista, já que as desigualdades eram brutais e o Brasil vivia em uma situação de dificuldade, na qual a assistência era colocada como um paliativo para levar migalhas.
"Temos dificuldades no país, mas estamos dando passos importantes para superá-las. Por isso a assistência social assumiu outro papel, que é dar assistência social pelo direito do cidadão, do homem e da mulher que habitam nosso Brasil", declarou.
Qualidade de vida
Por fim, ele convidou todos os participantes do encontro para conhecer a capital brasileira de melhor qualidade de vida do país. "Aracaju é uma cidade jovem de 153 anos, ainda debutante, que foi planejada para ser uma capital. Aracaju é acolhedora e tem um povo extraordinário", afirmou.
Representando o governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda, a secretária de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Menezes, também participou do encontro. De acordo com ela, o estado entende que a temática do encontro é importante.
"Entendemos que as políticas de assistência social estão em processo de desconstrução de uma visão assistencialista para construção de uma visão de política pública. É difícil transformar os nossos cidadãos em cidadãos de direito. É isso que o governo federal, através de suas políticas e seus programas, pretende realizar, para que possamos oferecer um estado com seguridade a população", declarou Ana Lúcia.
Representando o Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome, o senhor Jaime Rabelo prestigiou a cerimônia, e disse que nos últimos anos o Brasil avançou bastante, mas os desafios continuam aumentando. "A política de assistência social se consolida como política pública. A sociedade precisa entender bem qual o papel do sistema da assistência social e o que ele tem a oferecer à sociedade. Nesse sentido, acho fundamental discutir o papel do estado. É importante avaliar os fatos e aprimorar a gestão, afinal este é um instrumento importante e inovador", comentou.
O presidente do Colegiado Nacional de Gestores Municipais e Assistência Social e secretário municipal da assistência social do Rio de Janeiro, Marcelo Garcia, em seu pronunciamento falou da importância dos encontros regionais. "O país é muito complexo e a gente deve valorizar os encontros regionais, para que possamos entender as regiões. O colegiado tem que ser plural, essa é uma preocupação nossa cotidiano", finalizou.
