Na noite desta quinta-feira, no horário nobre, todo o país teve a oportunidade de assistir ao vivo uma pequena amostra do Forró Caju, um dos mais importantes e genuínos eventos culturais do país. No momento que a festa entrou no ar, a banda Cavaleiros do Forró animava a multidão estimada em cerca de 60 mil pessoas. O público, que dançava e cantava sem parar, fez bonito e foi alvo de elogios tanto do repórter da TV Globo, Francisco José, quanto dos vocalistas da banda.
O link ao vivo ancorou duas matérias de uma série especial feita pelo Jornal Nacional sobre os festejos juninos no Nordeste. Uma delas teve como tema a tradição dos barcos de fogo em Estância, e a outra falou sobre moradores de Mossoró, no Rio Grande do Norte, que aproveitam a época para relembrar a bravura dos que resistiram ao bando de Lampião. O Forró Caju foi destaque pela grandiosidade, animação e, sobretudo, pelo apelo cultural.
"Essa festa linda não podia ficar de fora. É só olhar para a multidão que lota esse espaço, em plena quinta-feira, que a gente percebe a importância do Forró Caju. Já estivemos em Campina Grande, em Caruaru e Fortaleza e também vamos passar por São Luis e Salvador. Aracaju não podia ficar de fora. Definitivamente, esse evento se inseriu no calendário junino brasileiro. São 16 dias de festa. É uma beleza!", falou Francisco José.
Mobilização
Empolgadas com as músicas e concentradas nas letras e passos de forró, as pessoas nem perceberam toda a mobilização da equipe de aproximadamente 30 técnicos e jornalistas envolvidos na transmissão. Com fones, monitores e códigos de todo o tipo, eles se comunicavam a todo o instante para que tudo saísse conforme o planejado. E com tanta dedicação e profissionalismo, não podia ser diferente. O sucesso foi garantido, apesar das dificuldades de entrar ao vivo em rede nacional.
"Na hora, por causa do barulho, eu não escutava nada que o William [Bonner] estava falando. Eu simplesmente esperei ele concluir a frase e comecei", contou Francisco José, conhecido pelas séries e matérias especiais, muitas feitas no Nordeste, região onde nasceu. Experiente, o repórter disse que mesmo estando acostumado, sempre bate uma emoção a mais na hora de entrar ao vivo.
Cultura popular
Para ele, os festejos juninos, por sua espontaneidade e poder de reunir tanta gente - seja das capitais ou de cidades do interior - em torno de tradições seculares, são uma das mais bonitas manifestações da cultura popular do país. Por isso, o repórter faz questão de acompanhar, todos os anos, as festas realizadas no Nordeste. "Eu vibro com tudo isso. Mais do que trabalho, considero uma realização pessoal. Eu curto mesmo! Danço, canto, adoro comidas típicas. Afinal sou nordestino", revelou.
Ele contou ainda que assim que recebeu o convite para ancorar a série, aceitou prontamente. Assim como o desafio, a vontade também era grande. Somente de ontem para hoje, a equipe envolvida na série percorreu 900 km e amanhã serão mais 1.500 km.
Quando questionado sobre a ‘canseira' da maratona, Francisco José disse que, justamente por se divertir tanto, acaba tendo energia de sobra. "Antes dessa série vim de outras duas: uma na África e outra no Japão. Estou há 40 dias viajando. Faço isso há 32 anos e não canso de jeito nenhum", garantiu.