Técnicos de som trabalham sem descanso no Forró Caju para garantir um espetáculo de qualidade

Cultura
28/06/2008 23h09

É no meio de muitos botões e controles, num espaço em frente ao palco principal chamado house mix, que João Alexandre passa as noites do Forró Caju. Para ele, nada de arrasta-pé, apesar do ritmo contagiante da zabumba. Só com muita concentração, o técnico de som consegue dar conta de tanto trabalho. Ele testa, equaliza, monitora, regula graves e agudos e dá fim à indesejável microfonia.

E é graças a tudo isso que o público pode ouvir um som de qualidade indiscutível, elogiado até mesmo pelos mais renomados artistas que se apresentam nas 16 noites de festa. "É preciso atenção e experiência. Não dá pra curtir muito os shows, mas faço meu trabalho com carinho", diz João Alexandre, destacando que renuncia os momentos de folia e descontração para conseguir um dinheirinho extra.

O técnico de som chega à praça de eventos Hilton Lopes às 14 horas para passar o som com as bandas e só vai para casa quando a última atração termina sua apresentação. Todos os dias, a rotina de João é essa. A responsabilidade é grande, ele admite. Não dá para errar e para isso ele conta com a ajuda de ouvidos preparados. "Esse é meu principal instrumento de trabalho. Quando percebo que algo não está como deveria, corrijo na mesma hora", conta.

Na mesa de som ao lado, trabalha um outro João, conhecido como João Sá. Segundo ele, além dos ouvidos, o que ajuda muito no trabalho deles é a qualidade do equipamento. "É tudo digital. O sistema que a gente usa, o ‘Nexo', é o mais avançado. Para operar, só com muitos cursos e experiência. Não é para qualquer um não", revela.

Além das duas mesas de som do house mix - cada uma responsável por um dos lados do palco duplo -, há outras duas, lá em cima, no palco. Para se comunicar os técnicos de lá, João Alexandre e João Sá usam fones e microfones. Mais do que curiosa, a dinâmica de trabalho desse pessoal é fundamental para a grandiosidade do Forró Caju.