Um capacita servidores da saúde municipal e os torna mais aptos a cuidarem da população aracajuana; outro atende a trabalhadores, formais e informais, que têm algum problema ocasionado por acidentes no trabalho. São basicamente estas as respectivas funções do Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps) Antônio Garcia Filho e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) Anísio Dória. Há três meses de casa nova, estes dois importantes serviços da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) proporcionam à comunidade local uma atuação cada vez mais eficiente e eficaz.
Os Centros agora funcionam no mesmo prédio, situado na rua Luiz Carlos Prestes, nº 99, Areias. Ampla e moderna, a nova estrutura reduziu gastos do município - a cada ano serão economizados cerca de R$ 50 mil - e aumentou a capacidade de atendimento em pelo menos quatro vezes - as instalações são maiores e foram contratados mais profissionais.
"Desde que nos mudamos para cá, já atendemos a um público estimado em 1800 pessoas", revela a coordenadora do Ceps, Ângela Vieira, lembrando alguns exemplos de capacitações recentes. "Realizamos cursos com médicos e enfermeiros sobre hipertensão e diabetes e outra atualização com todos os farmacêuticos da rede", afirma. De acordo com Ângela, já estão programadas novas turmas até o mês de dezembro. "Nos próximos meses vamos ter uma turma para auxiliares administrativos, três para auxiliar de enfermagem e outra para serviço social".
As capacitações disponibilizadas são previamente definidas em reuniões realizadas ao menos duas vezes por ano. Na ocasião a direção do Ceps troca idéias com os coordenadores dos programas ligados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a fim de conhecer as necessidades e agir encima delas. "Outra forma de saber as prioridades está nas avaliações feitas ao final de cada curso; nós sempre pedimos para que os alunos dêem sugestões. Assim dá para unir o desejo do servidor ao que a rede precisa", conclui Ângela Vieira.
Já o Cerest vem auxiliando trabalhadores aracajuanos com reabilitação física e prevenção de acidentes ou doenças decorrentes do dia-a-dia no ambiente de trabalho. "A idéia é que o problema seja inicialmente identificado nas Unidades de Saúde da Família (USF) e posteriormente encaminhado para nós", orienta a coordenadora do Cerest, Ana Acioli. "Como nosso atendimento é especializado, não podemos servir de ‘porta de entrada'", complementa.
Casos comuns de pacientes dizem respeito a trabalhadores que buscam fazer valer seus direitos junto às empresas e para isso precisam comprovar que as causas dos acidentes estão atreladas à rotina no trabalho. "Ás vezes estão movendo processos na justiça porque foram colocados para fora e a empresa não reconheceu a doença deles e não os indenizou. Então eles precisam de uma avaliação médica dando subsídios que comprovem a doença", diz Ana Acioli.
Também não é difícil aparecer pessoas solicitando exames como a ressonância magnética, que em clínicas particulares tem um alto custo. Ele permite um diagnóstico de grande sensibilidade e detecta alterações específicas do corpo. Viabilizando todo esse trabalho, uma equipe multidisciplinar compõe o quadro de funcionários do Cerest. São 17 profissionais entre médicos do trabalho, psicólogos, fisioterapeutas etc.
