A Escola de Artes Valdice Teles, unidade ligada à Fundação Municipal de Cultura Turismo e Esportes (Funcaju), desenvolve diversos projetos que abrangem as três vertentes da arte: visuais, cênicas e musicais. Um exemplo dos bons frutos colhidos pelos trabalhos desenvolvidos na Escola é a consolidação da Orquestra Sanfônica de Aracaju, grupo que representa as tradições sergipanas através da música e tem atraído novos adeptos para as oficinas de acordeon.
A Orquestra foi formada a partir de uma idéia do prefeito de Aracaju Edvaldo Nogueira, e se apresentou pela primeira vez durante o Forró Caju 2007. Tendo uma formação mista, a Orquestra é composta por novos 25 sanfoneiros, um percussionista e um baixista.
Os sanfoneiros da Orquestra freqüentam as aulas da Escola de Artes e, de acordo com o coordenador técnico e professor das oficinas de acordeon da Escola de Artes, Emanuel Jorge, o projeto contribuiu para que as pessoas dessem mais atenção para o instrumento. "Depois do sucesso da Orquestra Sanfônica, já abrimos outra turma de acordeon na Escola", relata. Ao todo, a Valdice Teles recebe semanalmente 60 alunos dispostos a aprender a tocar o instrumento.
Quanto à metodologia utilizada para facilitar o aprendizado dos alunos, o coordenador conta que as aulas acontecem duas vezes por semana e são divididas em aulas teóricas e aulas práticas. As aulas práticas das oficinas de sanfona - nome popular do acordeon - acontecem no período da noite e são em grupo. Já as aulas teóricas são individuais e acontecem no período da tarde. "As aulas individuais são de extrema importância para que possamos acompanhar passo a passo a evolução de cada aluno", afirma.
Orquestra Sanfônica
Joaquim Antônio, sanfoneiro há dois anos e membro da Orquestra Sanfônica, conta que o projeto tem tido aceitação junto a todos os tipos de públicos, a exemplo de educadores, e tem espaço em vários eventos, como projeto ‘Arte em Toda Parte', promovido pela Prefeitura de Aracaju nos bairros da grande Aracaju. "Com um repertório diversificado, a Orquestra Sanfônica passeia pela bossa nova e pelo tango argentino, além de enaltecer os clássicos da música nordestina", descreve o músico.
Apesar de ser conhecido mundialmente, o acordeon foi abraçado de maneira mais abrangente pela cultura brasileira e mais especificamente pela nordestina. No entanto, segundo o professor Emanuel Jorge, o instrumento ainda é pouco estudado, e é considerado ‘difícil' de tocar. "Eu costumo dizer que o instrumento mais fácil de aprender é o que a pessoa tem interesse. Na música não cabem preconceitos", opina.
