Com o foco no trabalhador inserido em seu ambiente laboral, a prefeitura de Aracaju participa ativamente da Oficina de Qualificação do Projeto ‘Vidas Paralelas', desenvolvido pelos Ministérios da Cultura e da Saúde.
De acordo com uma das gestoras da Rede Escola Continental de Saúde do Trabalhador, Maria Aparecida Nascimento Ribeiro, "Vidas Paralelas vai fazer um divisor de águas na política de saúde do trabalhador, e a proposta maior dele é fazer com que este trabalhador faça uma auto-gestão da própria vida laboral e documente esta vivência... para que ele tenha uma melhor consciência das situações em que está inserido, e possa intervir de forma positiva; valorizar o próprio trabalho e também o do outro", disse.
A assistente técnica do projeto, Ludimila Macedo Lima, informou que foram selecionadas 24 categorias profissionais, sendo 12 formais e outras 12 informais, colhidos de acordo com dados estatísticos do Ministério da Previdência Social, apesar de a Previdência trabalhar basicamente com trabalhadores formais, foi constatada a necessidade de mostrar o trabalho e discutir as questões de saúde e cultura no trabalho.
A assessora técnica do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), Jane Curbani, explica que Aracaju está sediando a primeira experiência - da federação - de oficinas do projeto ‘Vidas Paralelas' com a capacitação de gestores para tocar o projeto no estado. Saúde, educação, movimentos sociais, sindicatos e comunicação estão inseridos neste contexto.
Jane contou ainda haver uma plenária com o Controle Social, para selecionar os possíveis candidatos a integrarem o projeto ainda esta semana. A Coordenadora em Comunicação do Projeto, Juliane Peixoto, disse que o envolvimento na parte de comunicação vai dentro de uma formação de um certo olhar, inserido da construção deste projeto, que vai ser desenvolvido em conjunto com as entidades envolvidas (Prefeitura de Aracaju, Secretaria Estadual de Educação, movimentos sociais e sindicatos) e com os trabalhadores-objetivo do ‘Vidas Paralelas'.
A idéia é que os trabalhadores envolvidos no projeto produzam material multimídia com o uso de novas tecnologias, como o celular e o disponibilize em um blog; desta forma, desenvolvam uma rede de comunicação com outros trabalhadores.