Pensar a família no contexto histórico e cultural reflete mudança de comportamento na atuação dos profissionais em relação ao atendimento na Rede de Proteção Social Básica e Especial. Com este tema começou na última sexta- feira, dia 14, o mini-curso Gênero e Família, na Fundação de Apoio à Pesquisa de Sergipe (Fapese).
Promovido pela Universidade Tiradentes (Unit), em parceria com a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), responsável pela promoção das políticas públicas. O evento contou com a participação dos profissionais da Semasc, técnicos e coordenadores dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) e Unidades Sócio Educativas (Uses).
Para a coordenadora de Planejamento do Sistema Único da Assistência Social (Coplan-Suas), Cristiane Ferreira, esta capacitação está relacionada aos planos de ação da Semasc. "Esta é a forma de integrar o plano municipal de capacitação continuada, que já vem sendo feito desde o inicio do ano, com os trabalhadores da Semasc. Entender gênero no âmbito da política de assistência social faz parte dos nossos programas sociais e serviços desenvolvidos dentro da Rede de Proteção Social Básica e Especial. Além dos nossos profissionais enriquecerem o seu conteúdo, irão criar mecanismos para lidar com as formas de comportamento institucionalizada ao longo dos tempos, no que diz respeito à forma de ser homem ou mulher como processo de construção para desconstruir os mitos internalizados nas relações familiares e sociais", afirmou.
Para a assistente social do Cras Porto Dantas, Geovânia Alves Moura, este curso veio na hora certa. "Percebo que as políticas públicas estão deixando de ser extremamente machista. Hoje a gente observa que o homem e a mulher estão buscando aos poucos se envolver nos serviços e programas sociais oferecidos nas unidades sociais. Para que isto aconteça depende dos profissionais que estão lá na base, na ponta, este profissional precisa mudar de comportamento também, assim poderemos construir uma nova realidade social", ressaltou.
A ministrante do mini-curso Gênero e Família, coordenadora do Centro de Serviço Social da Unit, Jesana Batista Pereira, comentou sobre a oficina e a mudança de mentalidade para os profissionais da área social. "Entendo que uma oficina de capacitação como esta é enriquecedora e irá beneficiar a todos e à comunidade também. Tudo isso irá promover mudança de comportamento, de atitude, permitindo que os participantes reflitam acerca de como têm sido elaborado os papéis de gênero, no que venha ser homem ou mulher, isso tem implicação mais profunda na medida em que ser homem, ser mulher não está atrelado somente à questão biológica", explicou.