Mais de 300 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Jaime Araújo, localizada no Bairro Soledade, caminharam pelas ruas da comunidade durante a tarde desta quarta-feira realizando um grande "apitaço" de combate à dengue. O cortejo teve início em frente à Unidade de Saúde da Família (USF) Carlos Hardman Cortes, passou pelo Loteamento Senhor do Bomfim e foi encerrada em frente à Associação dos Moradores do Soledade, onde ocorreu apresentação de uma peça teatral retratando o tema. O ato faz parte da campanha intitulada 'Sim, é possível combater a dengue, faça sua parte', que tem à frente a secretaria Municipal de Saúde e conta com o apoio da Secretaria Municipal da Educação.
Panfletagem, carro-de-som e apitos foram os instrumentos usados pelos alunos, agentes de saúde e professores, que se mobilizaram para chamar a atenção da comunidade sobre a importância de prevenção contra dengue. "A ordem é fazer barulho para despertar a população sobre a necessidade de acabar com os focos do mosquito Aedes aegypti, e evitar a chegada de uma epidemia da doença. O combate à dengue deve continuar, apesar de na capital já ter sido controlada. Não podemos deixar o problema cair no esquecimento", alertou a gerente da USF, Avanize Madalena dos Santos.
A gerente da unidade revelou que com as mobilizações, a população passa a se preocupar mais com o problema e quebrar de vez alguns tabus sobre a proliferação do vetor transmissor da doença. "Muitos ainda não sabem identificar a larva do Aedes, quais são os focos e modo de transmissão, por isso, vamos de porta em porta não só alertando, mas também orientando", explicou Avanize dos Santos.
"Nosso objetivo é sensibilizar desde crianças até idosos sobre o papel fundamental que cada um tem no combate ao mosquito transmissor dessa doença, pois essa batalha é de todos e não apenas dos agentes de endemias. Tendo consciência disso os alunos também levam a mensagem para dentro de casa, o que reforça a luta", explicou o coordenador geral da EMEF Jaime Araújo, Neilton Diniz Silva. O coordenador fez questão de frisar que esta não foi a primeira vez que os alunos da EMEF se mobilizam para alertar a comunidade sobre problemas que estão presentes no seu cotidiano. Além do combate à dengue temas como violência doméstica também já serviu de pauta para realização de atos públicos.
E quem afirmou já ter captado a mensagem foi a moradora do Loteamento Senhor do Bomfim, Maria do Carmo. "Cuido de mim e da minha família, por isso sempre tampo as caixas d'água, esvazio e viro as garrafas para não deixar a água parada. Mas tenho muitos vizinhos que não têm nenhum tipo de cuidado. Deus ajude que aprendam depois dessa ´barulhada´", disse sorridente a dona de casa.
