Prefeitura inicia implantação do Centro Itinerante Especializado da Assistência Social

Família e Assistência Social
22/12/2008 08h05
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O compromisso com o protagonismo familiar, a promoção da cidadania e o acesso com qualidade aos serviços da rede de proteção social básica e especial pautou a reunião com os técnicos dos Centros de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) e Centros de Referência da Assistência Social (Cras). O objetivo foi construir as bases para a implantação do Centro Itinerante Especializado da Assistência Social, conhecido como Creas Volante. O evento é uma promoção da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc).

A execução dos trabalhos para elaboração da nova metodologia na construção do Creas Volante aconteceu na última sexta feira,  no Del Mar Hotel, na praia de Atalaia. Cerca de 30 técnicos dos Creas e Cras participaram da reunião, ministrada pelas técnicas do Instituto Rocha Vale da cidade de Belo Horizonte (MG). Além das discussões sobre as diretrizes direcionadas à nova metodologia, houve apresentação dos grupos e dramatização dos casos atendidos nas unidades sociais.

A gerente de capacitação da Coordenadoria de Planejamento do Sistema Único da Assistência Social (Coplan/Suas), Albany Mendonça, comentou sobre a elaboração do trabalho para construção do Creas Volante. "A elaboração desta metodologia teve início no mês de setembro e hoje estamos concretizando o projeto metodológico da construção do Creas itinerante para o município de Aracaju. Contamos com a participação dos técnicos dos Creas, Cras e as instrutoras do Instituto Rocha do Vale de Belo Horizonte, que vieram finalizar este trabalho", destacou.

Albany enfatizou o atendimento personalizado às famílias atendidas nos Centros Especializado da Assistência Social e informou que a preocupação da Semasc é poder agilizar os serviços, fazendo com que os usuários possam usufruir de forma integral de todos os benefícios oferecidos pela assistência social. "No caso da rede de proteção social especial, trabalhamos em dois eixos: a média e a alta complexidade. Na primeira, o trabalho é feito com as famílias, cujos vínculos se encontram fragilizados; e o segundo, representa os casos em que os vínculos deixaram de existir", complementou.

A instrutora do Instituto Rocha do Vale de Belo Horizonte, Léa Lúcia Cecília Braga, falou da metodologia elaborada e dos objetivos a serem alcançados. "Este é o momento de consolidação do projeto, que vem sendo implantado desde de setembro e hoje viemos nos somar aos técnicos dos Creas e Cras para traçarmos a nova metodologia de acordo com a experiência local. Além da construção de uma Creas Volante, que irá dar um maior suporte aos usuários da assistência, temos como finalidade integrar o Creas, a comunidade e os demais órgãos de proteção social", explicou.

Segunda a psicóloga do Creas São João de Deus, Pollyanna de Almeida, a implantação do Creas itinerante é primordial para fortalecer a rede de proteção social. "As crianças, adolescentes, mulheres e idosos vítimas da violência doméstica são o nosso público alvo, sendo que a nossa meta é reatar os laços familiares e resgatar a cidadania. Para isso, não trabalhamos de forma isolada; temos como parceiros os órgãos de garantia, conselhos municipais de direitos, Delegacia de Grupos Vulneráveis, juizado, Ministério Público e Conselhos Tutelares", observou.

Creas

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Cras) integrante do Sistema Único de Assistência Social e constitui-se numa unidade pública estatal, pólo de referência, que tem o papel de coordenar e articular a proteção social especial de média complexidade. Também é responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com direitos violados, direcionando o foco das ações para a família, na perspectiva de potencializar e fortalecer sua função protetiva.

O objetivo é ofertar ação de orientação, proteção e acompanhamento psicossocial individualizado e sistemático a crianças, adolescentes e suas famílias em situação de risco ou violação de direitos, assim como a adolescentes autores de ato infracional. Para tanto, deverá organizar atividades e desenvolver procedimentos e metodologias que contribuam para a efetividade da ação protetiva da família, inclusive no que tange à orientação jurídico-social nos casos de ameaça e violação de direitos individuais e coletivos.