Prefeitura trabalha na prevenção e tratamento de DST's

Saúde
16/01/2009 09h40

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório recente apontando uma redução no número de mortes causadas pela Aids. Entre os motivos que mais contribuem para a boa nova está o acesso ao tratamento, proporcionado em alguns casos por instituições públicas sensíveis à causa. Assim tem sido na capital sergipana, onde a Prefeitura Municipal assiste à população com um intenso trabalho de prevenção e controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's).

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através do Centro de Especialidades Médicas (Cemar), situado no bairro Siqueira Campos, é responsável atualmente pelo tratamento de 1.534 pacientes portadores de Aids (996) ou apenas do virus HIV (406). "Quem tem o HIV, só tem o vírus; já quem tem Aids, além de ter o vírus desenvolveu a doença e precisa tomar a medicação, que chamamos de coquetel", explica o coordenador do programa municipal de DST/Aids, Eudes Barroso.

A procura de cidadãos de todo o Estado é constante e tem crescido a cada ano. "Vemos casos até de pessoas que são atendidas na rede privada, mas que vêm pro Centro receber os medicamentos, já que somos o único lugar no Estado que fornece gratuitamente", revela o coordenador, lembrando que os coquetéis custam muito caro e poucos planos de saúde cobrem os valores.

Os serviços oferecidos pelo Cemar são divididos entre dois setores: o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), porta de entrada do Centro, onde é feito o diagnóstico dos pacientes com exames não só de HIV, como também de sífilis, hepatite B e C; e o Serviço de Assistência Especializada (SAE), voltado para quem já foi diagnosticado e precisa ser acompanhado com freqüência.

As equipes responsáveis são multidisciplinares, compostas por profissionais capacitados para atuar nos mais diversos casos. "No SAE temos cinco infectologistas, duas enfermeiras, duas assistentes sociais, um psicólogo, uma nutricionista, três auxiliares de enfermagem, uma ginecologista e um urologista; Já no CTA são quatro profissionais, sendo uma enfermeira e três assistentes sociais", observa Eudes.

Segundo ele, a falta de informação continua sendo o fator de maior preocupação no sentido de evitar a propagação das DST's. "Ainda é grande a quantidade de pessoas que têm a doença e nem sabem por que não procuram essa orientação", afirma Eudes, lembrando que o Cemar é aberto à sociedade e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h.