Além das ações de intensificação relacionadas à prevenção da dengue - como visitas domiciliares, campanhas para conscientização da sociedade e limpeza de terrenos baldios - a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), também está com sua estrutura pronta para o atendimento eficaz a pacientes que cheguem aos postos de saúde com suspeita da doença.
Desde o ano passado, quando a epidemia da doença atingiu a cidade, todas as 43 Unidades de Saúde da Família (USFs) possuem salas de hidratação e profissionais capacitados, que continuam dando assistência à população diariamente. Segundo a coordenadora da Rede de Atenção Básica da SMS, Iara Vasconcelos, as unidades continuam preparadas para lidar com a doença. "Embora tenham surgido poucos casos de suspeita, nós mantivemos toda a estrutura da época da epidemia funcionando do mesmo jeito", garante.
Na USF Joaldo Barbosa, situada no bairro Siqueira Campos, o número de casos com suspeita da doença caiu bastante, em relação a 2008. Desde janeiro, apenas dois pacientes chegaram ao posto com sintomas semelhantes, mas os exames revelaram que não se tratava de dengue. De acordo com a gerente Suzana Linhares, o paciente que chega com suspeita de dengue é imediatamente levado à sala de hidratação. "Mesmo que não se trate da doença ele é logo encaminhado ao soro, para prevenir, enquanto fazemos os exames necessários", afirma.
A médica Inês Cardoso, que começou a trabalhar na unidade devido ao grande número de doentes em 2008, garante que o índice diminuiu bastante em relação a esse mesmo período do ano passado. Em janeiro de 2008 foram registrados 140 casos em Aracaju, enquanto que, no mesmo período deste ano, o número caiu para apenas sete "A essa época, a sala e o corredor estavam cheios de gente com sintomas da dengue, enquanto que esse ano tivemos apenas duas suspeitas", conta.
Para Inês, ainda mais importante que as ações de combate executadas pela PMA é o apoio da população. "Todos acham que a dengue é problema só dos governantes e dos médicos, mas na verdade ela é um problema de todos. A população tem que se conscientizar disso e fazer a parte dela, seguindo as orientações para evitar o surgimento do mosquito", alerta.