PMA mantém diálogo com representantes da classe médica

Governo
02/03/2009 14h55
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Diante da reivindicação de alguns representantes da classe médica do município, que na manhã de hoje, segunda-feira, estiveram no Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos para reivindicar aumento do piso salarial da categoria, o secretário de Governo Bosco Rolemberg recebeu alguns dos manifestantes para tratar do assunto.

De acordo com Bosco, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) se antecipou ao propor, ainda em janeiro, a abertura das conversações com representantes de diversas classes trabalhistas - a exemplo dos médicos. Desde o início do ano, ficou acertado que a partir da data de hoje, segunda-feira, seria divulgado o calendário da segunda rodada das negociações, o que de fato foi cumprido.

"Nós respeitamos esta liberdade de manifestação e de organização de todos os movimentos dos trabalhadores. Mas acreditamos que tratar o assunto da maneira como os médicos estão tratando não é adequado porque antecipamos o processo de negociação desde o final de janeiro, distribuímos um calendário e realizamos reunião com todas as entidades representativas dos servidores públicos municipais. Escutamos, recebemos e entendemos a fundamentação de cada categoria, tanto do ponto de vista de salário, quanto do ponto de vista de condição de trabalho", reiterou o secretário.

Para ele, considerando que o diálogo está aberto e já foi iniciado, é necessário aguardar a finalização do processo de negociação para, só então, pensar em paralisações e manifestações. O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), José Menezes, admitiu que os médicos estão querendo antecipar a negociação. "Nossa intenção é fechar a questão salarial até o ano de 2012. Infelizmente hoje só será anunciado o calendário das negociações", disse.

Greve

O fato de não terem conseguido o que queriam levou os médicos a decidirem pela deflagração de greve por tempo indeterminado a partir de amanhã, terça-feira. "Fizemos uma assembléia onde decidimos fazer uma paralisação hoje, e caso não fôssemos atendidos, entraríamos em greve a partir de amanhã, terça-feira, e foi o que aconteceu", afirmou José Menezes.

Bosco Rolemberg discordou da posição  do Sindimed. "Nós fazemos greve quando não somos ouvidos, quando nossas reivindicações não têm resposta. Não é o caso da Prefeitura de Aracaju, que de forma antecipada convocou todas as representações sindicais e sempre fez questão de manter o canal de diálogo aberto. Já telefonamos para vários representantes e enviamos ofícios circulares para cada categoria. Estamos todos aqui, para dar continuidade ao calendário de negociações", frisou.