Aracaju comemora a segunda melhor performance entre capitais do Nordeste na cobertura vacinal em crianças com até três anos de idade. Já no País, Aracaju está na sexta colocação, com um índice de 86.7%. Em doses de vacinas aplicadas, na mesma faixa etária, o índice brasileiro é de 81.0%. E por ordem, as capitais que apresentam melhores coberturas vacinais são Curitiba, Teresina, Brasília, Porto Alegre, Vitória e Aracaju.
O resultado da pesquisa 'Inquérito de Cobertura Vacinal - Cartão da Criança' foi divulgado hoje, dia 23, em Aracaju, à imprensa pelo coordenador da pesquisa o médico-pesquisador Paulo Carrara. O secretário Municipal de Saúde, Marcos Ramos acompanhou a coletiva.
A pesquisa do Ministério da Saúde foi realizada nos anos de 2007 e 2008 em todas as capitais brasileiras. "Aracaju apresenta sem dúvida uma projeção nacional de destaque, com relação à cobertura vacinal. Acreditamos que esse resultado se dá por Aracaju ter construído nos últimos anos uma boa estrutura do Programa de Imunização", diz Paulo Carrara.
Nessa pesquisa, ainda segundo Paulo Carrara, Aracaju apresentou níveis satisfatórios de cobertura em todas as vacinas. Ao todo, a criança até os cinco anos recebe do Sistema Único de Saúde (SUS) vacinas contra poliomielite; formas graves de tuberculose; tetravalente que protege tétano, difteria, coqueluche e hemófolis (infecções por haemophilus); Tríplice Viral, que protege contra a rubéola, sarampo e caxumba; hepatite B e contra o rotavírus (vírus da diarréia grave).
"Apesar de satisfatório com relação ao contexto nacional, em Aracaju as vacinais hepatite B e a tríplice virial obtiveram índices menores do que a média local", analisa Paulo Carrara. Além da imprensa, Paulo Carrara divulgou os dados da pesquisa aos profissionais da Vigilância em Saúde, Vigilância Epidemiológica e para os coordenadores da Rede de Atenção Básica.
Marcos Ramos comemorou os resultados, mas afirma que a meta de Aracaju é ampliar os índices. Ele disse que a pesquisa vai abrir novas possibilidades para análises de cobertura vacinal na capital sergipana. "As coberturas vacinais têm relação direta com a baixa-mortalidade infantil. E em Aracaju, esse resultado reflete as boas políticas de promoção à saúde e de combate à endemias, o acesso e insumos facilitados da população às 43 unidades de Saúde da Família (USFs) e lógico às ferramentas de vacinação", interpreta Marcos Ramos.
Representando a Vigilância em Saúde do SUS de Aracaju, organizaram o encontro as técnicas Tânia Santos e Débora Moura. O visitante foi acompanhado das representantes da Vigilância Epidemiológica do Governo de Sergipe, Giselda Melo e Sândala Oliveira.
Metodologia da pesquisa
O público alvo do inquérito foram crianças nascidas entre o dia 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2005. "A pesquisa foi realizada por amostragem em todas as capitais do país, por meio de entrevistas com os responsáveis dessas crianças", explicou Paulo Carrara. No país, o total de crianças mensuradas pelo estudo foi de 20.370. Em Aracaju, foram avaliados 601 meninos e meninas, com menos de quatro anos de idade.
O médico pesquisador esteve em Aracaju no dia 19 de outubro de 2007, para lançar a pesquisa em Aracaju. Na época, as famílias entrevistadas (responsáveis pelas crianças) foram selecionadas por regiões de moradia e por estrato social (renda e nível de escolaridade). Já os pesquisadores foram escolhidos entre os profissionais da Vigilância Epidemiologia e de Imunização das secretarias municipal e estadual, atuaram na pesquisa 10 profissionais. Esses pesquisadores e supervisores visitaram as famílias devidamente identificados pelo Ministério da Saúde.