Criar instrumentos de avaliação pedagógica para aprimorar a qualidade de ensino. Essa é a meta para o ano letivo 2009 da equipe de coordenadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Papa João Paulo II, localizada no bairro Santa Maria. Professores, alunos e os próprios coordenadores têm como objetivo estar unidos para corrigir falhas no desempenho escolar e alçar resultados cada vez mais positivos durante todo o ano escolar.
É através de oficinas de capacitação paralelas à avaliação periódica dos resultados colhidos pelo quadro docente e pelos alunos que a equipe pedagógica da Emef Papa João Paulo II pretende conquistar lugar de destaque entre as escolas públicas com ensino de qualidade. "O primeiro passo é pontuar e corrigir as falhas do ensino, o que pode e vai ser feito por meio do acompanhamento escolar", afirmou o coordenador geral da unidade, o professor Cleverton de Almeida Alves.
A partir deste ano, os 33 professores da escola municipal serão avaliados pela equipe de coordenadores. "O objetivo não é gerar nota, mas identificar como está sendo feito o trabalho em sala de aula com o aluno, e dialogar sobre as formas de redimensionar as ações pedagógicas", ressaltou o coordenador.
De acordo com Cleverton Alves, o diagnóstico será feito através de uma ficha, em que alguns critérios como freqüência e desempenho serão pontuados. "O acompanhamento e avaliação do professor já é realizado desde início. A diferença é que agora o resultado será menos subjetivo, pois as informações serão tabuladas e ficará mais fácil expor e dialogar sobre a situação com o educador", explicou.
Os professores também terão a chance de elaborar uma avaliação sobre o trabalho dos coordenadores. "A idéia é solidificar a estrutura da escola e fazer com que todos percebam a importância de se unir para promover ações positivas que beneficiem os docentes", afirmou Cleverton Alves.
Acompanhamento
Os instrumentos para diagnóstico já são aplicados com os alunos desde 2007, ano em que a Emef Papa João Paulo II foi inaugurada. "Através dessas ferramentas conseguimos pontuar as falhas para corrigi-las, pois nem sempre o óbvio é observado, e é por isso que há momentos em que o esforço de trabalho não é proporcional ao resultado colhido. É pensando nisso que a nossa equipe tenta melhorar a cada dia, criando novas alternativas para aprimorar a estrutura da escola e o desempenho dos alunos e professores, seja através de avaliação ou até mesmo de oficinas", revelou Cleverton.
Os alunos do ensino fundamental, por exemplo, são avaliados através de um questionário organizado pela coordenação. "Ao final do primeiro semestre e na metade do segundo semestre, fazemos uma análise do nível de leitura e escrita do aluno. A intenção é identificar as condições de aprendizado para elaborar um planejamento educacional específico para cada estudante, sem que nenhum deles seja prejudicado com o andamento do ensino", explicou o coordenador geral da Emef, ao informar que este ano 703 estudantes deverão ser avaliados.
As crianças da pré-escola, com idade entre quatro e cinco anos, também estão inclusas nesse processo pedagógico. "O professor responde a um questionário onde consta, por exemplo, se o aluno já reconhece o próprio nome, as vogais, as cores e alguns números. O importante é avaliar todo percurso dos estudantes, desde a entrada até a saída da escola. E é nesse sentido que a proposta pedagógica dá suporte, pois quando identificamos o nível do aluno fica mais fácil saber como desenvolver seu processo de aprendizagem", ressaltou o coordenador.
Cleverton Alves prevê que até 2011 todos os alunos com idade até cinco anos devem estar saindo da pré-escola com um nível alto de alfabetização. Para isso, além dos instrumentos de avaliação pedagógica, os professores são capacitados para construir uma estrutura escolar cada vez mais forte. Somente nos três primeiros meses de 2009, já foram feitas quatro capacitações e no calendário deste ano também estão previstas mais cinco novos encontros para capacitação e oficinas.