Edvaldo participa da inauguração do busto da patronesse do Exército brasileiro

Agência Aracaju de Notícias
30/04/2009 14h35

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, se fez presente na cerimônia de inauguração do busto da patronesse do Exército brasileiro, Maria Quitéria de Jesus, realizada no 28º Batalhão de Caçadores (28 BC), no bairro 18 do Forte, zona norte da cidade. A solenidade incluiu ainda a formatura geral dos militares do batalhão.

Ao lado do comandante do 28º Batalhão de Caçadores (BC), o coronel Carlos Henrique, o prefeito Edvaldo Nogueira descerrou a placa do busto de Maria Quitéria, na praça de mesmo nome, em frente ao quartel do 28 BC, e disse estar muito feliz em ter sido convidado a participar da homenagem à primeira mulher a ingressar no exército. 

"Sinto muito orgulho enquanto prefeito em inaugurar o busto nesta praça em frente ao 28 BC, que leva o nome de uma mulher extraordinária para o as forças armadas brasileiras. Maria Quitéria é um exemplo de pioneirismo, determinação e amor à pátria que deve ser seguido pelas futuras gerações", enfatizou.

Durante a cerimônia, o prefeito de Aracaju citou ainda a importância do Exército na manutenção da soberania nacional.  "A garantia da liberdade e democracia do nosso país se deve muito aos esforços conjuntos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. É fundamental fortalecer as forças armadas, que por tantas vezes defenderam os interesses do nosso país", ressaltou.

28 BC

De acordo com o oficial de Comunicação do 28º Batalhão de Caçadores, capitão Cardoso, a unidade conta com um contingente de aproximadamente 582 homens, dos quais 540 estiveram presentes à solenidade.  Além disso, o 28 BC ainda mantém uma equipe de 30 homens no Haiti, numa ação conjunta com a Organização das Nações Unidas (ONU) com retorno previsto para agosto deste ano.

Busto

O busto em bronze foi feito no arsenal de guerra do Rio de Janeiro com nove mil cartuchos utilizados em treinamentos realizados pelo Exército em Sergipe.

Biografia

Maria Quitéria de Jesus nasceu no dia 27 de julho de 1792, no sítio Licurizeiro, em São José das Itaporocas (Cachoeira), na Bahia. O mais provável é que tenha sido a primeira filha de Gonçalo Alves de Almeida e Quitéria Maria de Jesus, que morreu quando a filha tinha apenas nove anos. A criança assumiu o comando da casa e a criação dos dois irmãos mais novos.

Preocupado com os filhos, Gonçalo casa-se pela segunda vez, mas a então esposa morre pouco tempo depois. A família se muda, o pai se casa pela terceira vez e tem outros três filhos com a nova esposa, que nunca aprovou os modos independentes de Maria Quitéria.

Altiva e de traços marcantes, Maria Quitéria montava, caçava e manejava armas de fogo. Torno-se soldado em 1822, quando o Recôncavo Baiano lutava contra os portugueses a favor da consolidação da independência do Brasil.

Ao demonstrar interesse em alistar-se, foi advertida pelo pai de que mulheres não vão à guerra. Então fugiu e, ajudada por sua irmã Teresa, cortou os cabelos, vestiu a farda de seu cunhado e ainda tomou emprestado seu sobrenome, Medeiros. Ingressou no Regimento de Artilharia onde permaneceu até ser descoberta, semanas depois. Foi então transferida para o Batalhão dos Periquitos e à sua farda foi acrescentado um saiote.

Existe uma medalha militar e uma comenda na Câmara Municipal de Salvador que levam seu nome. Sua imagem está presente em todos os quartéis, estabelecimentos e repartições militares do país por determinação ministerial. Por decreto presidencial de 28 de junho de 1996, foi reconhecida como Patronesse do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro, um dos poucos que acolhem oficiais do sexo feminino.