Após a conclusão da última vistoria, realizada na manhã de hoje, 15, pela Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), a Prefeitura de Aracaju interditou por iminência de risco público os prédios da antiga ‘A Fonseca & Cia' e do antigo ‘Diário de Aracaju', no centro comercial, ambos com a estrutura comprometida em função das chuvas. A área dos dois imóveis foi isolada no fim da tarde por funcionários da Emurb, que fixaram placas indicativas advertindo para a proibição do acesso aos dois edifícios.
Na vistoria realizada na manhã de hoje, técnicos adentraram os imóveis para avaliar as condições das estruturas físicas dos dois edifícios. A equipe concluiu que seria necessária a contração de uma empresa especializada em estrutura para reforçar as paredes e realizar a retirada dos telhados e da marquise do prédio do antigo ‘Diário de Aracaju'. A Emurb, que já havia notificado o proprietário do ‘A Fonseca & Cia', não conseguiu localizar os responsáveis pelo edifício do antigo ‘Diário de Aracaju'. Ambos os prédios ficam localizados na avenida Rio Branco.
De acordo com o presidente da Emurb, engenheiro Paulo Costa, a medida foi adotada tendo em vista o estado de ruína dos imóveis. "Nós vínhamos realizando o monitoramento das duas edificações e já tínhamos entrado em contato com o Ministério Público Estadual. Como é uma área de grande circulação de pessoas e veículos, nós interditamos os dois prédios para evitar que acidentes ocorram no local. Com as chuvas deste mês, o quadro se agravou consideravelmente. Hoje, no caso do 'A Fonseca & Cia', diagnosticamos uma situação que não se resolveria com uma simples reforma, por isso estamos convocando as entidades públicas para sugerir a demolição", destacou.
Providências
Por se tratar de imóveis declarados como de interesse cultural, as próximas medidas da PMA serão oficiar o Ministério Público Estadual das providências adotadas e solicitar a designação de uma audiência entre os proprietários, a Emurb, Defesa Civil, Secretaria de Estado de Cultura e o Corpo de Bombeiros para a deliberação quanto à possibilidade de demolição de ambas as edificações. No caso específico do ‘A Fonseca & Cia', será necessária ainda a participação na audiência de um representante da Procuradoria Geral da União, pois o imóvel se encontra penhorado em favor da Procuradoria. O juiz da 4ª Vara Federal também será oficiado da necessidade de intervenção no caso do imóvel da antiga companhia.
Segundo Paulo Costa, no caso do edifício do ‘A Fonseca & Cia' a Emurb vai contratar uma empresa especializada em estrutura para realizar a retirada do telhado e para estabilizar a edificação. Já o prédio do antigo ‘Diário de Aracaju' será isolado com tapumes de madeira e receberá escoramento para evitar o desmoronamento da marquise. Amanhã, 16, o corpo técnico da empresa visitará o local para iniciar as medidas de segurança planejadas.
"Não vamos permitir que nenhum sinistro ocorra. Estamos tomando as providências para garantir, ao mesmo tempo, a segurança dos pedestres e a preservação do patrimônio cultural. A empresa que realizará a retirada do telhado será contratada em caráter de emergência para que o mais rápido possível o local esteja livre de acidente", garantiu o presidente da Emurb.
