A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, está realizando desde o último dia 11 a Campanha de Enfretamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. A mobilização inclui uma série de atividades, entre elas a fixação de cartazes em estabelecimentos comerciais do Centro e da Orla de Atalaia, panfletagem, caminhada de conscientização e montagem de tendas informativas itinerantes nas praças Fausto Cardoso, Dom José Tomaz e no Mirante da 13 de Julho.
Participam das ações Conselhos Tutelares, equipes dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), unidades socioeducativas da Semasc, educadores da Central de Permanente de Acolhimento, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), além das secretarias municipais de Educação, Saúde, Comunicação, Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju) e Secretaria Estadual de Inclusão e Desenvolvimento Social (Seids).
De acordo com o gerente dos serviços de média complexidade da Semasc, Jerônimo da Silva Sérgio, a campanha tem como objetivo divulgar os trabalhos que vêm sendo realizado no Creas São João de Deus junto a crianças, adolescentes, idosos e mulheres vítimas de violência. "Queremos conscientizar a população e mostrar que combater a violência sexual não é dever apenas dos governos federal, estadual e municipal, e sim de toda sociedade. A violência sexual engloba outras modalidades de violência, como a física e psicológica, causando um dano irreparável, principalmente para crianças e adolescentes", ressalta Jerônimo.
Para a psicóloga do Creas São João de Deus, Pollyana de Almeida, os encaminhamentos referentes à violência doméstica sexual contra crianças e adolescentes são feitos pelos Conselhos Tutelares, Ministério Público e Delegacia da Criança e do Adolescente. "No Creas São João de Deus atendemos crianças, adolescentes, idosos e mulheres vítimas da violência que são encaminhados pelos órgãos de garantia de direitos. Todos recebem atendimento psicológico, que é essencial para que as vítimas possam dar continuidade a sua vida", explica.
Segundo Pollyana, pais e responsáveis devem estar atentos para identificar nas crianças e adolescentes sinais que podem indicar possíveis casos de violência sexual. "As vítimas geralmente têm mudanças extremas, súbitas e inexplicáveis no comportamento, choro excessivo, transtornos alimentares ou do sono, distúrbios na aprendizagem, agressividade ou apatia, sentimento de inferioridade e necessidade de agradar, interesse súbito e incomum por questões sexuais", descreve.
De acordo com a conselheira tutelar do 4º Distrito, a psicóloga Lícia dos Santos Vieira, as consequências desse tipo de violência podem persistir pelo resto da vida e as vítimas precisam ser protegidas dos agressores, que muitas vezes estão dentro de casa. "É doloroso falar de violência doméstica contra a criança e o adolescente. A gente lida a todo momento com isso e na maioria das vezes nos sentimos impotentes, principalmente quando o agressor continua impune. As pessoas precisam se mobilizar mais e entender que é responsabilidade de todos nós, como cidadãos e cidadãs, proteger a criança e o adolescente de quaisquer tipo de violência", desabafa.
Confira os telefones disponíveis para denúncias de casos de violência sexual
Conselho Tutelar 1º Distrito: 3251-2565
Conselho Tutelar 2º Distrito: 3259-6302
Conselho Tutelar 3º Distrito: 3211-9863
Conselho Tutelar 4º Distrito: 3179-3471
Conselho Tutelar 5º Distrito: 3179-2240
