Travestis e transexuais discutem enfrentamento à Aids e DSTs

Saúde
28/05/2009 19h06

Lideranças de movimentos organizados de travestis e transexuais estão desde quarta-feira, 28, reunidas no Aracaju Praia Hotel, na Orla de Atalaia, onde acontece o VI Encontro do Nordeste de Travestis e Transexuais. O objetivo principal do evento,que acontece até esta sexta-feira, 29, é reivindicar a criação e execução de políticas públicas específicas para inclusão social desse grupo. Na tarde de hoje, os participantes discutiram planos de enfrentamento às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e à Aids nos estados e municípios da região Nordeste.

O evento conta com a parceria e o apoio do Programa DST/Aids da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e a participarão de representantes do poder público municipal e de lideranças do movimento GLBT.  Entre os participantes que compuseram a mesa de debates na tarde desta sexta-feira estavam a técnica do Programa Nacional DST/Aids, Bárbara Graner; o consultor do Programa Estadual DST/Aids de Sergipe e da Secretaria Estadual da Saúde, José Augusto; e a presidente do Grupo de Diversidade RR, Silvia Reis.

De acordo com Bárbara Graner, até agora os movimentos sociais de transexuais e travestis  já alcançaram vários avanços no diálogo com o Governo Federal. "Mas ainda falta uma adesão maior da rede que compõe as três esferas da gestão governamental. A solução para esse problema está na organização do movimento, na cobrança de direitos e no reconhecimento social da funcionalidade das decisões do movimento", destacou Bárbara.

Outro tema que foi destaque no segundo dia do VI Encontro do Nordeste de Travestis e Transexuais foi o debate sobre o respeito do nome social adotado pela travesti e o direito a cidadania plena da mesma. A discussão foi direcionada ao reconhecimento da questão de identidade de gênero da travesti, enfocando a luta pelo direito de ela ter a inclusão do nome social em diários de classe e serviços públicos em geral.