Para garantir a qualidade dos alimentos e bebidas vendidos no Forró Caju 2009, a Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Coordenação Vigilância Sanitária Municipal (Covisa), realizou nessa segunda-feira, 15, uma palestra voltada aos comerciantes sorteados para atuar na festa. No encontro, foram passadas orientações sobre condições sanitárias e a correta manipulação dos produtos em bares, barracas e lanchonetes.
"O esforço da prefeitura é para garantir a redução de riscos à saúde com surtos de doenças transmissíveis por alimentos comercializados durante o Forró Caju", afirmou a assessora técnica da Vigilância Sanitária, Jacklene Andrade.
Segundo ela, duas equipes de fiscais e uma de apoio trabalharão diariamente na festa.
De acordo com ela, a maior dificuldade da Covisa é que os comerciantes ainda insistem em armazenar no chão isopores e também as latinhas de bebidas. Outro problema encontrado é o manuseio concomitante de dinheiro e alimentos e também o uso de bisnagas de catchup e maionese. "Quem está responsável pelo dinheiro não pode servir nenhum tipo de comida ou bebida", explica Jacklene.
Aprendizado
Para o comerciante Lenilson Brito, que acompanhou a palestra, o treinamento é válido. "Às vezes a gente acha chato, mas depois que chegamos aqui percebemos o quanto os esclarecimentos são importantes, pois só com esses cuidados podemos preservar a saúde dos nossos clientes", observou o vendedor, que há quatro anos trabalha no Forró Caju.
Quem também não deixou de comparecer foi a comerciante Rita Maria Gonçalves de Oliveira, que pela segunda vez participa da festa e vai vender lanches e bebidas. "Achei muito bom e recomendo que as pessoas participem, pois aprendemos sobre higiene e manuseio dos produtos. Podemos oferecer um bom produto com segurança aos forrozeiros", comentou.
Ela afirmou ainda que as solicitações da Vigilância Sanitária podem ser atendidas sem problemas aos comerciantes. "Com organização dá para fazer tudo que é solicitado. Na minha barraca só quem irá receber dinheiro sou eu. Vou colocar mais quatro ajudantes para atender os clientes", explicou.
Exigências
A Covisa observará itens importantes para a redução dos riscos sanitários, como a utilização de lixeiras individuais com tampas e sacolas plásticas, e a temperatura em que os alimentos e bebidas são acondicionados.
Os comerciantes instalados em barracas deverão contar com um sistema de abastecimento de água tratada, com no mínimo 60 litros de água por dia, para viabilizar a higienização correta das mãos, e também dos utensílios e equipamentos utilizados no preparo e comercialização dos alimentos.
Será proibida a colocação de embalagens com alimentos e bebidas diretamente sobre o chão, objetivando evitar a sua contaminação por agentes causadores de doenças. As embalagens deverão ser colocadas sobre estrados ou prateleiras constituídos de material apropriado.
Os espetinhos de carnes e queijos deverão estar embalados, rotulados e congelados ou refrigerados, não sendo permitido o comércio de espetinhos provenientes de produção doméstica.
Todo gelo deverá ser fabricado por fornecedores licenciados pela Vigilância Sanitária e estar embalado adequadamente. O transporte deverá ser feito em caminhões frigoríficos devidamente higienizados.
Será verificado se os alimentos preparados nos pontos de venda, a exemplo de lanches e salgados, são mantidos em temperatura adequada, considerando que a temperatura ambiente favorece a proliferação de micróbios causadores de doenças.
Para servir, deverão ser utilizados somente utensílios descartáveis (copos, pratos, talheres e similares), para minimizar o risco de transmissão de contaminantes biológicos. Os canudos deverão ser disponibilizados aos consumidores embalados individualmente.