Em poucos minutos uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu 192 Aracaju) chega a qualquer ponto da cidade. Os veículos e profissionais atendem os chamados com a eficiência já conhecida pela população. Somente nos seis primeiros meses deste ano foram exatas 15.477 saídas, somando-se todas as urgências e emergências atendidas pelas 20 ambulâncias que compõem a frota disponível.
Depois de estruturar e consolidar o serviço, a Prefeitura de Aracaju tem priorizado a renovação dos veículos. Três ambulâncias foram adquiridas há apenas duas semanas, outras sete são semi-novas e mais duas deverão chegar até o mês de novembro, cedidas pelo Ministério da Saúde. Além disso, duas motos foram compradas recentemente.
"A frota antiga está sendo readaptada para o transporte social, a exemplo de pacientes renais crônicos e situações de alta hospitalar em casos graves, em que o usuário mora em bairros distantes", afirma o secretário municipal de Saúde, Marcos Ramos, destacando que, diariamente, pelo menos nove ambulâncias estão nas ruas, todas com os equipamentos necessários e profissionais capacitados. "As demais ambulâncias recebem manutenção permanente", conclui.
Independente do dia ou horário, das nove ambulâncias escaladas, sete são Unidades de Suporte Básico (USB's) e duas funcionam como Unidades de Suporte Avançado (USA's). Cada USB é equipada com suporte de soro, rede de oxigênio, aspirador, tensiômetro, glicosímetro, maleta de parto, pranchas curta e longa, talas para imobilização, colar vertical, colete imobilizador, bandagem e medicação. Por atender a casos mais graves, a USA dispõe também de desfibrilador, respirador e oxímetro.
Atuação intensa
De acordo com Marcos Ramos, a atuação dos veículos é tão intensa que fica quase impossível manter o ambiente interno continuamente refrigerado. "A rotatividade dos atendimentos é muito grande. O uso e o abre e fecha das portas é constante", relata o secretário de Saúde. Segundo ele, o Samu 192 Aracaju é um serviço qualificado e altamente avaliado pelo Ministério da Saúde e a sociedade em geral.
Uma escala de trabalho garante que a todo o momento no mínimo 35 profissionais estejam em ação, mantendo o padrão dos serviços prestados pelo Samu. O número inclui médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, condutores e pessoal de apoio. "O Samu não é só quem está nas ruas. Tem também as pessoas que atendem os telefonemas e os que limpam os veículos após cada saída", lembra a gerente de enfermagem do Samu, Sheila Almeida.
Segundo ela, há também casos resolvidos pelos profissionais de plantão sem a necessidade de deslocar uma ambulância até o local da chamada. São pessoas que ligam, descrevem os sintomas da enfermidade em questão e são orientadas por um médico pelo telefone. Em seguida a equipe do Samu faz um novo contato para assegurar o resultado positivo. "É o que chamamos de orientação médica. Do início de janeiro ao final de junho foram 5.503 ligações desse tipo", diz Sheila.
Nova base
Em função do desenvolvimento da Zona de Expansão de Aracaju, a Prefeitura Municipal identificou a necessidade de aproximar o Samu da região, reduzindo o tempo de deslocamento das ambulâncias até o local. O projeto se faz cada vez mais necessário devido aos graves acidentes em épocas de veraneio e feriados.
Sendo assim, a administração municipal vem negociando junto ao Ministério da Saúde a instalação de uma nova base do Samu na Zona de Expansão. A autorização já foi dada e o que falta é apenas o desenrolar dos últimos trâmites legais referentes à documentação exigida.
Referência nacional
Além do processo de renovação das ambulâncias, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) unificou o controle da frota e vem realizando um programa de capacitação periódica dos profissionais que atuam no serviço.
"A área de Saúde em Aracaju é referência nacional. Aqui os investimentos ultrapassaram o limite mínimo de 15% da receita corrente líquida, estabelecida pelo Ministério da Saúde", destaca Marcos Ramos. "Além disso, Aracaju é um das cidades brasileiras com maior cobertura do SUS, já que atinge mais de 90% da população", complementa.
