Mesmo com a diminuição de 98% no número de casos de dengue em Aracaju no primeiro semestre de 2009, com relação ao mesmo período do ano passado, a Prefeitura Municipal continua combatendo o Aedes aegypti. Permanentemente agentes de endemias percorrem os bairros da cidade, realizando ações de conscientização e orientação sobre como evitar o surgimento de possíveis focos do mosquito transmissor da doença.
Durante os dias 15 e 16 deste mês, equipes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em parceria com agentes da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), realizaram mais uma força-tarefa no Lamarão. Segundo o supervisor geral dos trabalhos, Carlos Augusto Silva, esse é um dos bairros em que foi observada uma redução significativa no índice de infestação.
"Antes o percentual aqui era em torno de 3,5%, mas agora diminuiu bastante. O índice agora está em 0,8% aqui no Lamarão", afirma. Para garantir o controle a prevenção da doença, os agentes procuram em todas as casas locais que possam acumular água e facilitar a proliferação do mosquito. Quando encontram algum perigo, fazem questão de alertar o morador e informar que medidas devem ser tomadas para evitar o surgimento de focos.
A dona de casa Marcelina Maria Neta, de 51 anos, garante que é atuante na guerra contra a dengue. Até hoje não houve casos de dengue em sua família, e ela explica o porquê. "Eu sempre seco a lavanderia direito, todas as garrafas de água são fechadas, eu faço tudo certinho. Dengue mata, e não vale à pena morrer por causa de um mosquitinho tão pequeno, não!", alerta.
Outro exemplo de que os moradores estão participando do combate à dengue é a jovem dona de casa Gileide Lima, de 19 anos. Ela garante que, se depender dos seus cuidados, sua família vai continuar livre da doença. "Tiro a água da lavanderia de três em três dias, e deixo a caixa d'água sempre tampada", afirma.
Terrenos baldios
Além das visitas domiciliares, a força-tarefa do Lamarão também contou com uma equipe de 17 funcionários da Emsurb, que realizaram a limpeza de terrenos abandonados e retiraram a vegetação das calçadas.
"A gente sempre faz a limpeza de terrenos baldios, mas o pessoal joga muito lixo, e isso acaba gerando muito local de acúmulo de água parada. O problema é basicamente de educação para prevenir isso", diz o supervisor da força-tarefa no bairro, Renato Sales.
