Serviço de pré-natal em Aracaju é realizado de forma organizada

Saúde
17/07/2009 17h01
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O sonho materno da maioria das mulheres é valorizado pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Os cuidados com a mãe e o bebê são levados a sério pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que possui um serviço de pré-natal organizado e facilmente acessado pelas gestantes.

Embora os serviços de pré-natal estejam disponíveis para toda gestante e os recursos técnicos e profissionais sejam qualificados, ainda é insuficiente o interesse de algumas mulheres em procurar as unidades de saúde para o acompanhamento da gravidez. "Cerca de 70% das gestantes que usam o Sistema Único de Saúde [SUS] em Aracaju fazem o pré-natal. Esse é um número que precisa ser aumentado", informa a coordenadora do Programa Municipal de Saúde da Mulher, Cristiani Ludmilla.

Mulheres grávidas que não realizam o pré-natal estão suscetíveis a vários riscos de saúde. Entre estes a sífilis congênita. A doença é resultado da transmissão do Treponema pallidum, presente no sangue da gestante infectada. O microorganismo pode ser transmitido para o bebê por via transplacentária.

Dados estatísticos mostram que, nos últimos dez anos, Aracaju registrou 184 casos de sífilis em mulheres gestantes; e 253 em recém-nascidos. Para o coordenador do Programa Municipal de DST/Aids, Eudes Barroso, o número expressivo também reflete a melhoria no diagnóstico da enfermidade.

"Quando ampliamos as ações de vigilância em saúde, é normal que mais casos apareçam. O que observamos é uma redução dos casos de sífilis em criança e um crescimento entre as gestantes, refletindo num diagnóstico mais precoce dos casos, com tratamento adequado.

Acompanhamento

Na Rede de Atenção Básica (Reab), as 43 Unidades de Saúde da Família (USFs) realizam consultas rotineiras com médicos e enfermeiros. Isso significa que em todas as comunidades da capital a gestante pode ser acompanhada bem perto de casa, podendo realizar sete ou mais consultas de pré-natal. O Ministério da Saúde preconiza que durante a gestação a mulher realize o mínimo de seis consultas de pré-natal e 01 pós-parto. Além disso, nas USFs são desenvolvidas atividades educativas que versam sobre aleitamento materno e cuidados com o recém-nascido.

Ainda como parte das atividades do pré-natal, o 'Mamãe Coruja', que funciona no Centro de Especialidades Médicas (Cemar) Siqueira Campos, promove o acompanhamento laboratorial das gestantes. O 'cardápio' de exames envolve análises bioquímicas e sorológicas, dentre elas o diagnóstico de HIV e outros agravos que o MS não obriga, mas que Aracaju disponibiliza: como é o caso da toxoplasmose e rubéola.

De acordo com Cristiani Ludmila, apesar da organização e disponibilização de serviços com qualidade, ainda existem alguns problemas que precisam ser resolvidos. "Muitas mulheres não se preocupam em fazer o pré-natal. Algumas delas fazem pela metade e outras chegam muito tarde nas unidades", explica.

Cristiani Ludmila alerta que, quanto mais cedo o pré-natal começar a ser feito e houver envolvimento do parceiro nas consultas de acompanhamento da gestação - pelo menos a realização do exame de pesquisa da sífilis -, melhor será a capacidade de minimizar riscos para mãe e filho.

Para atrair cada vez mais a atenção das pessoas sobre a necessidade do pré-natal, a SMS realiza atividades de pactuação e capacitação com os profissionais das redes assistenciais. "Já fizemos com os agentes de saúde, por exemplo. Como conhecedores da comunidade onde trabalham e moram, eles são bastante importantes nesse processo, uma vez que fazem a ponte do cidadão com a USF", observa a coordenadora do Programa Saúde da Mulher.