Para uma cidade em constante crescimento, como Aracaju, preservar espaços arborizados, voltados para o esporte, a convivência e o lazer, é sinônimo de garantia da qualidade de vida. Na zona sul da capital, em meio a modernas construções, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) mantém o Parque Augusto Franco (Sementeira).
Além de servir à população para a diversão e a prática de esportes, no local é desenvolvido o projeto de educação ambiental ‘Amigos do Planeta Terra'. Com o intuito de discutir temas ligados ao meio ambiente, a iniciativa promove visitas de grupos de estudantes de escolas públicas e particulares ao parque.
Durante as visitas, os alunos aprendem sobre preservação da natureza, coleta seletiva, reciclagem, entre outros assuntos. De acordo com a coordenadora do departamento de desenvolvimento pessoal da Emsurb, Lara Guimarães, a receptividade dos estudantes e dos professores tem sido cada vez maior, desde 2007, ano da criação do projeto.
"As atividades acontecem em cinco etapas e, no decorrer da visita, procuramos mostrar na prática soluções para a destinação do lixo, despertando nas crianças a consciência ambiental e lembrando que o meio ambiente é composto dos locais onde elas transitam: o lar, a escola, a rua,as praças", afirma Lara.
O grupo que pretende agendar uma visita ao Parque deve ter no máximo 35 estudantes, com idade entre 8 e 13 anos. "Nós priorizamos essa faixa etária por considerarmos que nessa idade os alunos são melhores multiplicadores da informação que passamos nas atividades desenvolvidas", explica. As visitas devem ser agendadas através do telefone 3179-1225.
Etapas
Na primeira parte da visita, os alunos recebem informações a respeito dos serviços realizados pela Emsurb, como a limpeza urbana e o plantio de mudas nos canteiros e praças da cidade. A seguir, é exibido um vídeo sobre o trabalho de coleta seletiva que acontece em Aracaju, para que os alunos entendam como funciona o processo.
Na próxima etapa os alunos conhecem a oficina de papel da Emsurb, onde são produzidos os mais variados artigos com papel de revistas e jornais. "O intuito da oficina é gerar renda e minimizar as agressões ao meio ambiente", afirma a coordenadora. Produtos como cestos, bolsas, baús, lixeiras, e material de escritório são vendidos ou utilizados no dia a dia das secretarias municipais.
A visita ao Parque também inclui um passeio pelo herbário, local onde são cultivadas plantas medicinais. "Lá os alunos aprendem sobre a utilização dos chás para combater algumas doenças e tem contato com plantas que são a base para alguns produtos industrializados", descreve Lara Guimarães.
Bons frutos
De acordo com a coordenadora, a oficina de papel tem feito tanto sucesso que algumas escolas têm requisitado que as artesãs do projeto ministrem cursos para os alunos. "A receptividade tem sido enorme. As crianças ficam maravilhadas com todo o processo de reciclagem e transformação do papel em artesanato, e pedem que as escolas agendem mais visitas. Nós também fazemos o trabalho de ida às escolas para dar palestras e levar a oficina de papel para os alunos", aponta.
