Embora os idosos no Brasil enfrentem inúmeras dificuldades, essa parcela da população ainda é frequentemente lembrada como detentora da melhor idade. Não é difícil descobrir por quê. Imagine a sensação de, entre outras atividades, atuar numa peça de teatro, ou numa interpretação folclórica, aos 70 anos, sem nunca ter feito isso antes. Pois é assim, promovendo novas descobertas, interação e inclusão social, que a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), age em defesa dos direitos dos idosos.
A Semasc apresenta em sua estrutura um amplo aparato de apoio que busca satisfazer as necessidades básicas das pessoas da terceira idade. Atualmente, 14 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e nove Unidades Socioeducativas (Uses), com apoio do Programa de Atenção Integral à Família (Paif) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, desempenham atividades em diversas áreas, que visam integrar os idosos uns com os outros e com a sociedade.
"As equipes da Semasc e do Paif geralmente são compostas por psicólogos, assistentes sociais e educadores. Nos CRAS, estes profissionais desempenham suas funções e ainda participam na organização de atividades lúdicas que envolvem não só os idosos, mas a comunidade de uma forma geral", explicou a coordenadora de Proteção Social Básica da PMA, Yolanda de Oliveira.
Nos Centros de Referência da Assistência Social e nas Unidades Socioeducativas, os frequentadores praticam educação física, recebem diversos cursos, viajam juntos, dançam e, ainda, formam grupos folclóricos e participam de peças de teatro juntamente com jovens.
"Nos 23 grupos de idosos em atividade na capital, são realizadas sessões de alongamento, de caminhada e outras atividades físicas. Além disso, são ministradas palestras sobre diversos temas, especialmente aqueles relacionados ao ‘Estatuto do Idoso', e cursos de informática que visam a familiarização da terceira idade no trato com a linguagem das novas gerações", disse a gerente de Ações Socioeducativas, Andréa Souza.
Viagens
Ainda de acordo com Andréa Souza, os participantes se reúnem habitualmente para fazer viagens. "Nesse caso, se a viagem é organizada pela prefeitura, o destino não pode ser fora do Estado. Viagens interestaduais só acontecem quando os próprios membros se organizam e realizam a viagem", informou.
A formação desses grupos de convivência em Aracaju é praticada pela Secretaria de Assistência Social há mais de 10 anos. Segundo Yolanda de Oliveira, uma das características mais representativas dessa atividade é a não distinção por classe social. "Nos Cras ou Uses a integração entre os membros não sofre nenhum empecilho. Idosos de todos os tipos, ricos ou não, se relacionam, trocando experiência, fazendo novas amizades", destacou.