Ministério da Saúde adia vacinação contra a pólio

Saúde
18/08/2009 10h18
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A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite, que aconteceria no dia 22 deste mês, foi adiada para 19 de setembro. A decisão tomada pelo Ministério da Saúde (MS) tem o objetivo de evitar uma sobrecarga maior nos serviços de atenção básica, neste momento de mobilização para o atendimento de pacientes com suspeita da nova gripe em todo o país.

Com a mudança, a vacinação deve acontecer em um cenário mais tranquilo, com os trabalhadores da área em condições de dar prioridade ao trabalho de imunização. O adiamento atende também a pedidos das secretarias de saúde dos Estados mais afetados pela Influenza A (H1N1).

"Embora nem todos os Estados apresentem sobrecarga no sistema de saúde por causa da Influenza A, optamos por adiar a campanha de vacinação em todo o país. Isso porque, quando realizada simultaneamente em todos os Estados, criamos uma rede de proteção e garantimos uma maior imunidade de grupo", explica o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Gerson Penna.

Aracaju

Na capital sergipana, a vacina estará disponível nas 43 USFs, nos dois shoppings da cidade, supermercados, escolas da rede municipal e estadual, e também em maternidades públicas e privadas. A meta é vacinar 95% das crianças aracajuanas com idade entre zero e quatro anos, o que corresponde a 45.159 meninos e meninas. Em junho, na primeira etapa da campanha, Aracaju ultrapassou o objetivo estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS) e atingiu 95,79% de cobertura vacinal.

Somente na capital, cerca de 700 profissionais vão atuar durante a mobilização. Além da imunização contra a poliomielite, serão disponibilizadas as vacinas tetravalente, tríplice virial e contra hepatite B. Pais e responsáveis não podem esquecer de levar o Cartão da Criança.

Mesmo quem já tomou a primeira dose da vacina este ano deve receber a gotinha no próximo dia 22. "Essa será também uma oportunidade de vacinar aquelas crianças que por algum motivo não compareceram às unidades de saúde para receber a gotinha", informa a coordenadora de imunização da SMS, Débora Moura.

Poliomielite

A doença é também conhecida como paralisia infantil e pode ser transmitida através de contato fecal e oral, sendo mais crítica em situações em que as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Todos os doentes expulsam grande quantidade de vírus infecciosos nas fezes até cerca de três semanas depois da infecção.

A única medida eficaz contra a doença é a vacinação. Há dois tipos de vacina: a 'Salk' e a 'Sabin'. A 'Salk' consiste em vírus inativos com formalina (mortos) e foi introduzida em 1954 por Jonas Salk. Tem a vantagem de ser estável, mas deve ser injetada três vezes.

A 'Sabin' foi inventada em 1959 e consiste em vírus vivos, mas pouco virulentos. Ela é de administração oral, baixo preço e alta eficácia. Nos países onde a poliomielite ainda existe deve ser usada a 'Sabin' porque o risco é mínimo. Nos países onde ela já foi erradicada, a vacina 'Salk' é suficiente.

Contra-indicação

As crianças que apresentarem febre alta, vômitos severos e diarréia não devem tomar a vacina. Já as crianças imunodeprimidas, a exemplo de portadoras do HIV, devem tomar um tipo especial do imunizante disponível no Centro de Referência Imunobiológico Especial (Crie) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse).

Com informações do portal do Ministério da Saúde