Através da realização de atividades sociorrecreativas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) vem transformando a vida de centenas de aracajuanos atendidos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Um exemplo desse tipo de iniciativa que utiliza a arte como forma de integrar e elevar a autoestima dos cidadãos aconteceu na tarde desta terça-feira, 18, durante um intercâmbio entre os Cras do Santos Dumont e da Coroa do Meio.
Na oportunidade, crianças e adolescentes prestaram uma homenagem ao folclore. Alexandro Barreto, de 9 anos, integrante do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) desenvolvido no Cras do bairro Santos Dumont foi o destaque da apresentação coreográfica. Ele contou que descobriu sua paixão pela dança depois que começou a frequentar as aulas oferecidas pelo programa. "Descobri que sabia dançar nas aulas e quero ser bailarino", disse.
De acordo com o orientador dos programas Peti e Projovem no bairro Santos Dumont, Sydney Azevedo, a apresentação foi fruto dos trabalhos desenvolvidos durante todo o ano, que incluem atividades lúdicas, aulas de capoeira, hip hop e cidadania. "Com arte, conseguimos socializar e colocar esses meninos onde eles devem estar", destacou o educador.
"Entrei no Projovem há dois meses e minha condição física já melhorou. Trabalhei muito o corpo, aprendi a cultura de raiz, jogos, e a trabalhar em grupo. Ainda não sei que curso vou escolher no vestibular, mas isso tudo está me ajudando a organizar as idéias", disse uma aluna da oitava série.
Integração
Segundo a coordenadora do Cras Santos Dumont, que atende aproximadamente 100 crianças, Denise Rocha, os intercâmbios são importantes para integrar a comunidade de diferentes bairros. "A realidade é diferente de bairro para bairro, mas a vida é a mesma e os problemas são os mesmos. Nos intercâmbios, as pessoas trocam experiências e passam a se conhecer e se ajudar", destacou.
A família dos assistidos também participa das atividades. Mensalmente é realizada uma reunião do ‘Grupo de Desenvolvimento Familiar' (GDF), onde os orientadores facilitam o relacionamento entre a família e a escola.
