Prefeitura apóia Projeto Tim Arteeducação

Cultura
21/08/2009 19h06

No final da tarde desta sexta-feira, 21, alunas do Oratório de Bebé que integram o Projeto Tim Arteeducação se apresentaram no Mirante da 13 de Julho, unidade mantida pela Prefeitura de Aracaju através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju). Ao todo, 12 garotas do 6º ano do ensino fundamental com idade entre 10 e 13 anos fizeram um pocket show percussivo, onde mostraram suas habilidades.

As garotas, que há seis meses têm aulas de pandeiro, cuíca, reco-reco, tambor e caixa, exibiram desenvoltura com os instrumentos. A pequena Patrícia Gomes, de 10 anos, que toca reco-reco e tambor, diz que fazer parte do grupo de percussão é muito prazeroso. "Acho ótimo poder tocar esses instrumentos. Tive dificuldades no início, mas pretendo aprender ainda mais e continuar tocando, mesmo depois que eu crescer?", conta.

Maria Rita Lee, de 13 anos, e líder maestrina do grupo, afirma que as aulas de música percussiva mudaram sua vida. "Não tinha nenhuma experiência com música e através desse projeto pude adquirir novos conhecimentos. Com certeza vou continuar fazendo aulas e aprender ainda mais sobre instrumentos musicais", declara.

Projeto

Patrocinado pela operadora de telefonia celular TIM, o Projeto Tim Arteeducação existe em Sergipe há seis anos e beneficia alunos de seis instituições que atendem crianças de baixa renda. A iniciativa visa facilitar o acesso às atividades culturais, oportunizando um maior conhecimento das artes, a exemplo da música, do teatro, da dança e literatura.  

"Para muitos pais e alunos, o mundo está condicionado ao trabalho e às atividades escolares. O projeto vem mostrar que não é só isso, há uma série de opções para que eles, além de se divertirem, possam desenvolver algum talento até então desconhecido e se inteirar com a realidade", pontua o articulador do projeto em Sergipe, o professor universitário Tarcísio Tavares.

Ele acrescenta que apesar de o projeto obter resultados satisfatórios, uma vez que as 300 crianças atendidas têm melhorado na escola e na convivência diária, a falta de apoio ainda é um dos entraves. "Nossa sorte é que a Funcaju nos cedeu o palco do Projeto Freguesia para que os alunos possam mostrar o resultado das oficinas realizadas no contraturno escolar", afirma Tarcísio.

O arte-educador de teatro Ginaldo Barbosa, que desenvolve um trabalho com os alunos das instituições envolvidas no projeto, acredita que as atividades artísticas criaram uma ponte entre os alunos e os pais. "Além das oficinas de dança, música, teatro e literatura, ensinamos lições de cidadania e abordamos assuntos relacionados à família, sexualidade, drogas. Por conta disso, a convivência entre pais e filhos melhorou bastante, uma vez que o diálogo passou a ser mais frequente, uma espécie de elo entre eles", relata.